sábado, 24 de maio de 2008

Vida.com... parte 6

C@pítulo 5

Meu coração disparou, eu nunca fui pedido em namoro e ainda mais por um homem hauahua , no rádio estava tocando “GIRL FROM THE GUTTER”, fiz um pouco de suspense antes de responder, olhei em seus olhos, toquei em seus lábios e fechei os olhos, fui me aproximando de sua boca e respondi com um longo beijo em seus lábios carnudos. Estávamos próximo de casa, o convidei para jantar comigo, ele mostrou um lindo sorriso em sua face e aceitou, dei partida no carro e fomos, quando chegamos em casa o jantar estava sendo servido.
-Boa noite!
-Boa noite, Rod
-Já estão jantando?
-Pensamos que iria jantar fora...
-Tia, tio, esse é o André...
-Prazer André.
-Como vai, André?
-Bem, graças a Deus.
-Sente-se e jante com a gente.
-Obrigado!
Apresentei o André aos meus tios e ao meu primo, nos sentamos à mesa e conversamos o jantar inteiro, meus tios adoraram o André, acabou virando parte da família, realmente ele era um garoto encantador, alem de ser muito divertido também. Quando nos demos conta já era tarde, à uma hora daquelas já não tinha mais transporte para ele ir embora, pensei levá-lo em casa quando para minha surpresa, a tia Helena sugeriu que ele dormisse em casa, eu estava adorando a idéia e ele também:
-Adorei ter conhecido vocês, mas agora eu tenho que ir.
-Já vai André, fica mais um pouco?
-Eu adoraria, mas não posso.
-Mas agora não tem transporte pra você ir André, já passou da 01h00.
-Avise sua mãe que você vai dormir na casa do seu amigo, vou pedir para arrumarem um colchonete no quarto do Rod pra você passar a noite.

Olhamos um para a cara do outro e demos um sorriso, do meu celular o André ligou para sua mãe e disse que iria dormir na casa de uma amiga, pois se dissesse que era um amigo sua mãe faria um escândalo, já que a descoberta de sua homossexualidade era recente e qualquer contato com homem era suspeito. Todos foram dormir, depois de escovar os dentes e tomar um banho, entrei no quarto, apaguei a luz, dei um beijo de boa noite no André e deitei na minha cama, joguei um lençol por cima de mim, pois não gostava de dormir descoberto, embora eu quase todas as noites dormisse seminu. Quando eu estava quase pegando no sono senti um toque na minha mão, não me movi, em silêncio ele se levantou e deitou ao meu lado, comecei a sentir um frio na barriga, não demorou muito comecei a sentir aqueles braços passando pelo meu corpo, um arrepio na espinha tomou conta de mim. Naquele momento não pensei em mais nada, deixei que o clima me conduzisse, delicadamente ele tirou uma bermuda que eu havia emprestado para ele dormir, meu coração palpitava a mil, em meio a sussurros e leves mordidas na orelha, ele ia tirando minha roupa, parte por parte, desenrolando vagarosamente, o que me deixava com mais tesão ainda, assim ele continuou até me deixar completamente nu, nossas respirações já estavam ofegantes, nossas bocas coladas uma na outra explorando parte por parte, língua com língua simulavam sexo oral, no vai e vem do chupar, aos poucos ele foi juntando seu corpo nu junto ao meu, aquele corpo definido e lisinho deslizando sobre minha pele, nosso suor se misturando, quase não pude me conter, o clima já estava quente demais. O André era um garoto bem safado e atrevido, aos poucos ele pegou minha mão e a colocou em seu p... na hora fiquei sem jeito, eu não sabia o que fazer, mas com toda paciência e carinho ele foi me deixando a vontade, ainda bem que ele era bastante paciente, até tomar o meu corpo todo só pra ele. Aquelas alturas, sua mão já havia percorrido todo o meu corpo, sua língua ia descendo e passando por cada parte do meu corpo, até chegar no ponto onde ele queria, chegou uma hora que nossos corpos se tornaram um só, duas almas unidas em um corpo.
Fomos dormir quando o dia já estava amanhecendo, depois daquela noite maravilhosa que André me deu, eu tive outra visão sobre sexo, percebi que existem várias maneiras de se fazer sexo sem penetração. Acordamos abraçados um ao outro, fomos tomar banho juntos, vestimos nossas roupas e fomos tomar café.
-Rod... Acorda...
-Oi Dé...
-Daqui a pouco preciso ir...
-Dormiu bem?
-Maravilhosamente bem, e você?
-Dormi no céu e acordei nos braços de um anjo... Vamos tomar um banho pra despertar?
-Vamos.
Na mesa já estavam todos, quando eu e o André chegamos para tomar café meu tio já estava de saída, o Gê também logo iria sair, pois tinha que encontrar o Gabriel na hora do almoço, sentamos à mesa e tomamos café com tia Helena.
-Bom dia!
-Bom dia meninos...
-Bom, pena vocês terem chegado só agora, desculpem a falta de educação, mas já estou de saída.
-Não se preocupe tio...
-Tchau César!
-Bom, eu também estou de saída, tenho um encontro com um amigo na hora do almoço...
-Você não vem almoçar em casa?
-Hoje não, mãe.
-Deus te acompanhe meu filho.
-Obrigado.
-Bom, ficamos só nós agora...
Depois do café acompanhei o André até a portaria do prédio, nos despedimos com um aperto de mão e um abraço, no meu ouvido ele disse que me ligaria à noite, fechei o portão e fui me arrumar, peguei minhas coisas e segui pra faculdade de ônibus
Esperei ansioso o André me ligar, passaram duas semanas, cinco meses, desde aquele dia o André nunca mais havia me procurado, nem e-mail ele mandou e todos que mandei pra ele voltaram. Não entendo o por que, da última vez que nos vimos ele parecia estar muito feliz, de inicio uma duvida ficou me corroendo por dentro, queria entender o motivo que o fez sumir, mas depois acabei deixando de lado, resolvi esquecer e seguir minha vida como antes.
O aniversário do entojado do Gabriel estava chegando, o GÊ parecia enfeitiçado por ele, eu não tinha um motivo para não gostar dele, tirando o fato de ter me tirado o Gê.
-Rod, vamos comigo ao shopping comprar um presente para o Biel?
-Tem certeza que quer minha companhia?
-Por que diz isso?
-Deixa pra lá... Em qual shopping você quer ir?
-Vamos a qualquer um...
-Você dirige então.
-Ok.
Chegando no shopping deixamos o carro no estacionamento do terraço, fomos descendo pela escada rolante até a praça principal, o shopping não estava muito cheio, o GÊ ia olhando as vitrines das lojas na dúvida do que iria dar para seu namorado.
-Fala aí Rod, o que você acha de dar essa jaqueta pro Biel?
-Nossa...
-O que foi?
-Por esse preço, seria mais fácil dar logo um carro...
-Hahaha... Pior que é verdade.
Estávamos passando em frente a uma loja de animais, onde tinham desde animais domésticos até animais silvestres, claro que eu não perdi a oportunidade de entrar na loja para ver.
-Vamos ver nessa loja...
-Credo Rod, só tem animal nessa loja...
-Quem sabe você encontra o Gabriel aqui...
-O quê?
-Quem sabe você encontra o presente do Gabriel aqui...
-Ah...
-O que acha dessa cobra?
-Isso lá é presente que se dá pra alguém?
-Seja moderno, Rod. Veja essa tarântula...
-Não, vai que ela o pica...
-Não tenho essa sorte.
-O que você disse?
-Eu disse que está muito cara. Vamos sair dessa loja, Rod?
-Olha que peixe lindo.
-É filhote de tubarão.
-Adorei, será que sua mãe se importaria se eu comprasse e colocasse no aquário da sala?
-Ela mataria você.
-Melhor não comprar então.
Deixamos a loja de animais e continuamos caminhando pelo corredor do shopping que terminava na praça de alimentação. Ainda indeciso o GÊ não sabia o que comprar ao Gabriel. Odiei quando ele pediu minha ajuda para escolher algo pro “Biel” dele, só concordei em ir pra não chatear meu primo. Passando pela praça de alimentação comecei a ficar com fome, o GÊ também dizia que queria almoçar então começamos a procurar uma mesa.
-Rod vamos parar aqui e comer alguma coisa?
-Vamos, estou começando a ficar com fome...
Começamos a procurar por mesas, mas a praça de alimentação estava lotada.
-GÊ, acho que não tem mesas...
-Vamos procurar mais pro meio.
Entramos no meio das pessoas e fomos procurar pelo centro, passando a terceira pilastra olhei para meu lado esquerdo e avistei o André sentado a uma mesa.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Vida.com... parte 5

Chegamos na academia, e seguimos para a entrada, logo na recepção as meninas me receberam super bem, o Ge conseguiu me convencer a fazer a matricula na academia e começar a malhar com ele, claro que com a ajuda das meninas da recepção.


-Que bom que vamos malhar juntos...
-Espero não me arrepender depois...
-Claro que não vai... Ta vendo aquele professor?
-Sim, o que tem?
-Eu pago um pau pra ele, o cara é tudo de bom, as meninas arrastam um caminhão por ele...
-Ele parece ser tudo de bom mesmo.
-Se ao menos ele me desse sopa...
-Esqueceu que você namora?
-Claro que não, estou falando da época que eu era solteiro...
-Hahaha... Sei...



Não vou ser hipócrita e dizer que o professor não era gostoso, pois ele era bem gostoso, mas foi um exagero da forma que o Gê contou, tudo bem que pra ele o Glauco era um Deus grego, talvez fosse também para aquelas meninas que ficavam se jogando pra ele, mas pra mim era normal. Saindo da academia dei uma passada em casa e depois fui encontrar com o André antes de ir a faculdade.


-Oi Rod...
-Oi André, tudo bem?
-Tudo... Quer dizer...
-Você não parece estar muito bem, o que acontece?
-Sabe, Lú... Às vezes eu me sinto mal em ter que esconder da minha mãe minha condição...
-Por que você não conta?
-Eu tenho vontade de contar, mas tenho medo...
-Medo de quê?
-Sei lá, da reação dela...
-Você acha que ela seria capaz de te fazer algum mal?
-Não... Mas meu pai sim.
-Entendi... Vamos falar de coisas boas, olha o que eu trouxe pra você...
-Uma foto sua?

Sim, atrás tem uma dedicatória minha pra você.
-Nossa Rod... Adorei!
Eu sempre acreditei que mãe sente o que o filho sente, toda mãe sabe quando o filho é homossexual, algumas se calam com medo de ter a certeza confirmada pelo filho, outras preferem ouvir da boca do próprio. Claro que as mães só querem o bem de seus filhos, a maior parte delas não recriminam a maneira de seu filho ser, o que as mais entristece é pensar no preconceito que seu filho vai sofrer no mundo a fora, claro que elas têm razão, a sociedade é muito preconceituosa, seja com sexualidade, religião, cor, etnia, entre outras, uma tremenda bobagem, pois as pessoas só vêem valores em dinheiro e aparência. Conversamos um pouco e depois o levei para dar uma volta em meu carro novo, aproveitamos para dar uns beijos gostosos como fizemos da outra vez, passamos pouco tempo juntos, mas foi muito gostoso pelo tempo que curtimos, deixei-no próximo de sua casa e depois fui para a faculdade.



Mal consegui prestar atenção na aula, meus pensamentos estavam no André, não que eu estivesse apaixonado, sei lá ele mexia comigo, talvez eu estivesse começando a gostar dele. Quando cheguei em casa recebi o recado de que o André tinha me ligado, fui pro meu quarto, deixei minha mochila em cima da cama, tirei toda a roupa e fiquei só de cueca, liguei o computador e entrei na internet, coincidência ou não ele estava on-line, começamos a teclar e notei que ele estava um pouco estranho, algo me dizia que sua mãe estava envolvida nisso.

-DarkDragon diz (00:32) : Rod
-Rod diz (00:33): ola André! Tudo bem?
-DarkDragon diz (00:35): não muito...
-Eod diz (00:35): O que aconteceu?
-DarkDragon diz (00:37): minha mãe descobriu tudo
-Rod diz (00:38): Como?
-DarkDragon diz (00:41): ela viu sua foto...


Na verdade a intenção do André sempre foi contar para sua mãe sobre sua sexualidade, ele já não agüentava mais esconder, me senti um pouco usado, pois ele se aproveitou da minha foto pra contar para sua mãe. Claro que sua intenção nunca foi me prejudicar, mas me entristeceu um pouco saber que ele usou minha foto para contar sobre sua preferência sexual, tanto que sua mãe começou a achar que eu era o culpado.


-Rod diz (00:42): Ela está aí?
-DarkDragon diz (00:45): ta sim.
-Rod diz (00:45): Posso falar com ela?
-DarkDragon diz (00:47): ela não vai querer falar com você Lú...
-Rod diz (00:47): Então eu vou escrever aqui e você mostra pra ela, ok?
-DarkDragon diz (00:48): ta.
-Rod diz (00:48): Boa noite! Eu entendo que a senhora deve estar achando que eu sou o culpado por seu filho ser um homossexual, mas queria dizer que ninguém é assim por que quer, eu não pedi para nascer homossexual, sofri demais para aceitar isso e ainda sofro um pouco.
-DarkDragon diz (00:53): Lú ela disse que isso é safadeza nossa e podemos mudar sim.
-Rod diz (00:54): Isso não é verdade, se eu pudesse escolher não escolheria ser assim, ser homossexual não é opção, ninguém opta por sofrer a vida inteira com preconceito, apanhando da vida, tendo que fazer amor e trocar carinho escondido...




Nessa hora sua mãe tomou a frente do computador e para minha surpresa começou a desabafar comigo.

-DarkDragon diz (00:58): não é fácil pra uma mãe ter um filho homossexual, esse mundo é muito promíscuo...
-Rod diz (00:59): Eu sei que não é fácil, mas também não é um bicho de sete cabeças. Eu não sou um promíscuo e nem os homossexuais são, o homem é promíscuo. Se a senhora deixar seu marido ir a uma festa e uma mulher ficar dando bola pra ele, o que a senhora acha que vai acontecer? Claro que ele vai catar, pois a desculpa dele vai ser : “Eu sou homem...” Um homossexual não deixa de ser homem, não vou ser hipócrita em dizer que não rola sexo fácil, pois rola, mas não pela condição sexual, mas sim pelo instinto masculino.



-DarkDragon diz (01:02): imagine quando a família começar a perguntar das namoradas, o André nunca vai trazer uma namorada pra casa, não me dará um neto...
-Rod diz (01:05): Mas a senhora tem 5 filhos, vai ter muitos netos, a família não tem que cobrar namorada de ninguém, o André não precisa abrir sua cama para todos deitarem, sua vida íntima só diz respeito a ele...

-DarkDragon diz (01:07): meu filho não era assim...
-Ros diz (01:08): Seu filho sempre foi assim, não foi eu que o transformei em homossexual, tanto que não fui eu que o procurei, mas sim ele quem me procurou no bate-papo...
-DarkDragon diz (01:10): Lú ela foi pra cozinha chorando, acho que não fizemos bem...
-Ros diz (01:12): Deixa ela dar uma pensada...



De início ela foi muito mal criada comigo, me culpou pelo filho dela ser gay, disse que eu era um promíscuo, que o filho dela nunca lhe daria um neto, que era pura safadeza nossa e que se quiséssemos mudar poderíamos, não adiantou eu explicar para ela que não é uma questão de escolha, mas sim de falta de opção, e que ninguém opta por ser o que é, simplesmente você é e pronto.



Uma semana depois eu e o André marcamos de nos encontrar novamente, claro que ao nos encontrar ficou um clima estranho no ar, mas aos poucos nós nos soltando e entramos no clima novamente.
-Lú..., Desculpa pelo que minha mãe falou.
-Não se preocupe, já esqueci tudo.
Rimos juntos, ele olhou dentro dos meus olhos, estávamos caminhando por uma rua pouco movimentada, paramos embaixo de uma árvore e aos poucos ele foi se aproximando de mim, me colocou contra a árvore com seu corpo e ali mesmo foi me beijando e tomando meu corpo só pra ele, tudo aconteceu tão rápido que mal consegui reagir, me deixei levar pelo momento e me fiz seu prisioneiro, beijos e mão boba rolavam a vontade, sem medo de ser feliz, se aquela rua escura falasse...:
-Rod...
-Oi.
-Eu posso te fazer uma pergunta?
-Pode.
-Você quer namorar comigo?