terça-feira, 25 de novembro de 2008

Felicidade

O que é essa tal felicidade? Onde encontrá-la? Qual loja, em qual shopping ela está à venda? Em qual seção do supermercado se compra esse item? Ou será que ela está disponível em comprimidos na farmácia da esquina? Já sei, ela está engarrafada e pronta para ser consumida nos bares da vida! Não??? Pode-se encontrá-la em seringas então? Também não?! Só pode estar em alguma conta bancária de algum paraíso fiscal numa ilha paradisíaca! Não né? Onde ela está então?Pergunta de díficil resposta essa não? Será mesmo? Ou complicamos tanto as coisas que despercebemos o óbvio? Agimos como o avôzinho infeliz que procura por toda a parte os óculos, tendo-os na ponta do nariz! Procuramos a felicidade em vários lugares, em várias pessoas, em várias situações e ela ali, do nosso lado nos olhando com cara de espanto dizendo: “eu estou aqui!”. Condicionamos a felicidade. Agregamos muitas condições para obtê-la. Quando me formar; quando fizer pós; quando voltar a estudar; quando perder 10 kg; quando fizer academia; quando me separar; quando encontrar alguém; quando morar sozinho; quando tiver meu apartamento; quando tiver um carro novo; quando me mudar para perto dele; quando mudar de emprego; quando for gestor da minha área; quando tiver minha própria empresa; quando tiver um rendimento de 5 dígitos; quando ganhar na Megasena; quando terminar minhas dívidas. Quando, quando, quando. Esquecemos que, como ouvi um dia, a felicidade é uma viagem, não um destino. Vivemos como formigas num formigueiro, sempre atarefados correndo de um lado para outro, sacrificando relações pessoais e até nossa saúde buscando algo que muitas vezes nem sabemos o que é. Não aproveitamos nossa viagem. Não desfrutamos dos pequenos prazeres que essa viagem nos proporciona. Não reparamos nos detalhes. E eles fazem a diferença.Por que essa reflexão? Essa semana aconteceu algo que me pôs a refletir. Algo banal, corriqueiro, mas que gerou em mim o desejo de falar sobre isso. No final do expediente em meu emprego, estava arrumando minhas coisas para ir embora. Trabalho no 3º andar. Olhei pela janela e vi. Uma bola vermelha me chamou a atenção. O astro rei, o sol estava se pondo. Lindo, maravilhoso, colorindo com tons de vermelho, amarelo e laranja o céu ao seu redor. Magestosa visão! O sol, alheio a qualquer vontade, mostrava toda sua beleza para quem quisesse ter o prazer de vê-lo. Olhei para baixo e as pessoas indiferentes diante desse espetáculo. Andando, correndo, apressadas feito formigas. Perdendo a chance de transformar o ordinário do dia-a-dia em extraordinário.“O que faz você feliz? A lua, a praia, o mar. Uma rua, passear. Um doce, uma dança, um beijo. Ou goiabada com queijo? Afinal, o que faz você feliz? Chocolate, paixão, dormir cedo, acordar tarde. Arroz com feijão. Matar a saudade. O aumento, a casa, o carro que você sempre quis. Ou são os sonhos que te fazem feliz? Dormir na rede, matar a sede, ler ou viver um romance? O que faz você feliz? Um lápis, uma letra, uma conversa boa. Um cafuné, café com leite, rir a toa. Um pássaro, um parque, um chafariz. Ou será um choro que te faz feliz? A pausa para pensar. Sentir o vento, esquecer o tempo. O céu, o sol, um som. A pessoa ou o lugar? Agora me diz: o que faz você feliz?”

quarta-feira, 16 de julho de 2008

vida ....

A vida da gente é uma coisa engraçada mesmo. Parece sempre que estamos entre duas coisas. O bem e o mal, a noite e o dia, o sim e o não, o homem e a mulher, o nascer e o morrer... Tudo é travessia. Caminhar e sentir apenas. Durante muito tempo eu estive de olhos fechados. E não posso dizer que eles estejam plenamente abertos, mas... Mas às vezes é bom só viver. Não fazer perguntas. Longe de ser alienação, é estar aberto às possibilidades da vida. Muita filosofia de botequim? Concordo! Filosofias de botequim são ótimas pra curar dor de cotovelo... A verdade pra mim hoje é que eu não devo me importar. Não devo deixar o ar que entra dentro do meu corpo ser mais pesado do que ele realmente é. Eu só deixo que as diferentes pressões e os sistemas autônomos do meu organismo ajam da forma que quiserem. Da forma que quiserem. E vou... vivendo. Eu não preciso me encontrar, porque eu não preciso estar em lugar algum para ser... Erros, dores, tristezas, desesperos, angústias, insônia são coisas que existem assim como a beleza, o respeito, o amor, a amizade... A verdade é que a verdade não existe. Só sei o que eu posso sentir. E não há outra forma de agir. Deixar que as nuances de sentimentos atravessem meus músculos sem resistência. Deixar que chegue até mim tudo que assim quiser. E seguir, e ir...

sábado, 24 de maio de 2008

Vida.com... parte 6

C@pítulo 5

Meu coração disparou, eu nunca fui pedido em namoro e ainda mais por um homem hauahua , no rádio estava tocando “GIRL FROM THE GUTTER”, fiz um pouco de suspense antes de responder, olhei em seus olhos, toquei em seus lábios e fechei os olhos, fui me aproximando de sua boca e respondi com um longo beijo em seus lábios carnudos. Estávamos próximo de casa, o convidei para jantar comigo, ele mostrou um lindo sorriso em sua face e aceitou, dei partida no carro e fomos, quando chegamos em casa o jantar estava sendo servido.
-Boa noite!
-Boa noite, Rod
-Já estão jantando?
-Pensamos que iria jantar fora...
-Tia, tio, esse é o André...
-Prazer André.
-Como vai, André?
-Bem, graças a Deus.
-Sente-se e jante com a gente.
-Obrigado!
Apresentei o André aos meus tios e ao meu primo, nos sentamos à mesa e conversamos o jantar inteiro, meus tios adoraram o André, acabou virando parte da família, realmente ele era um garoto encantador, alem de ser muito divertido também. Quando nos demos conta já era tarde, à uma hora daquelas já não tinha mais transporte para ele ir embora, pensei levá-lo em casa quando para minha surpresa, a tia Helena sugeriu que ele dormisse em casa, eu estava adorando a idéia e ele também:
-Adorei ter conhecido vocês, mas agora eu tenho que ir.
-Já vai André, fica mais um pouco?
-Eu adoraria, mas não posso.
-Mas agora não tem transporte pra você ir André, já passou da 01h00.
-Avise sua mãe que você vai dormir na casa do seu amigo, vou pedir para arrumarem um colchonete no quarto do Rod pra você passar a noite.

Olhamos um para a cara do outro e demos um sorriso, do meu celular o André ligou para sua mãe e disse que iria dormir na casa de uma amiga, pois se dissesse que era um amigo sua mãe faria um escândalo, já que a descoberta de sua homossexualidade era recente e qualquer contato com homem era suspeito. Todos foram dormir, depois de escovar os dentes e tomar um banho, entrei no quarto, apaguei a luz, dei um beijo de boa noite no André e deitei na minha cama, joguei um lençol por cima de mim, pois não gostava de dormir descoberto, embora eu quase todas as noites dormisse seminu. Quando eu estava quase pegando no sono senti um toque na minha mão, não me movi, em silêncio ele se levantou e deitou ao meu lado, comecei a sentir um frio na barriga, não demorou muito comecei a sentir aqueles braços passando pelo meu corpo, um arrepio na espinha tomou conta de mim. Naquele momento não pensei em mais nada, deixei que o clima me conduzisse, delicadamente ele tirou uma bermuda que eu havia emprestado para ele dormir, meu coração palpitava a mil, em meio a sussurros e leves mordidas na orelha, ele ia tirando minha roupa, parte por parte, desenrolando vagarosamente, o que me deixava com mais tesão ainda, assim ele continuou até me deixar completamente nu, nossas respirações já estavam ofegantes, nossas bocas coladas uma na outra explorando parte por parte, língua com língua simulavam sexo oral, no vai e vem do chupar, aos poucos ele foi juntando seu corpo nu junto ao meu, aquele corpo definido e lisinho deslizando sobre minha pele, nosso suor se misturando, quase não pude me conter, o clima já estava quente demais. O André era um garoto bem safado e atrevido, aos poucos ele pegou minha mão e a colocou em seu p... na hora fiquei sem jeito, eu não sabia o que fazer, mas com toda paciência e carinho ele foi me deixando a vontade, ainda bem que ele era bastante paciente, até tomar o meu corpo todo só pra ele. Aquelas alturas, sua mão já havia percorrido todo o meu corpo, sua língua ia descendo e passando por cada parte do meu corpo, até chegar no ponto onde ele queria, chegou uma hora que nossos corpos se tornaram um só, duas almas unidas em um corpo.
Fomos dormir quando o dia já estava amanhecendo, depois daquela noite maravilhosa que André me deu, eu tive outra visão sobre sexo, percebi que existem várias maneiras de se fazer sexo sem penetração. Acordamos abraçados um ao outro, fomos tomar banho juntos, vestimos nossas roupas e fomos tomar café.
-Rod... Acorda...
-Oi Dé...
-Daqui a pouco preciso ir...
-Dormiu bem?
-Maravilhosamente bem, e você?
-Dormi no céu e acordei nos braços de um anjo... Vamos tomar um banho pra despertar?
-Vamos.
Na mesa já estavam todos, quando eu e o André chegamos para tomar café meu tio já estava de saída, o Gê também logo iria sair, pois tinha que encontrar o Gabriel na hora do almoço, sentamos à mesa e tomamos café com tia Helena.
-Bom dia!
-Bom dia meninos...
-Bom, pena vocês terem chegado só agora, desculpem a falta de educação, mas já estou de saída.
-Não se preocupe tio...
-Tchau César!
-Bom, eu também estou de saída, tenho um encontro com um amigo na hora do almoço...
-Você não vem almoçar em casa?
-Hoje não, mãe.
-Deus te acompanhe meu filho.
-Obrigado.
-Bom, ficamos só nós agora...
Depois do café acompanhei o André até a portaria do prédio, nos despedimos com um aperto de mão e um abraço, no meu ouvido ele disse que me ligaria à noite, fechei o portão e fui me arrumar, peguei minhas coisas e segui pra faculdade de ônibus
Esperei ansioso o André me ligar, passaram duas semanas, cinco meses, desde aquele dia o André nunca mais havia me procurado, nem e-mail ele mandou e todos que mandei pra ele voltaram. Não entendo o por que, da última vez que nos vimos ele parecia estar muito feliz, de inicio uma duvida ficou me corroendo por dentro, queria entender o motivo que o fez sumir, mas depois acabei deixando de lado, resolvi esquecer e seguir minha vida como antes.
O aniversário do entojado do Gabriel estava chegando, o GÊ parecia enfeitiçado por ele, eu não tinha um motivo para não gostar dele, tirando o fato de ter me tirado o Gê.
-Rod, vamos comigo ao shopping comprar um presente para o Biel?
-Tem certeza que quer minha companhia?
-Por que diz isso?
-Deixa pra lá... Em qual shopping você quer ir?
-Vamos a qualquer um...
-Você dirige então.
-Ok.
Chegando no shopping deixamos o carro no estacionamento do terraço, fomos descendo pela escada rolante até a praça principal, o shopping não estava muito cheio, o GÊ ia olhando as vitrines das lojas na dúvida do que iria dar para seu namorado.
-Fala aí Rod, o que você acha de dar essa jaqueta pro Biel?
-Nossa...
-O que foi?
-Por esse preço, seria mais fácil dar logo um carro...
-Hahaha... Pior que é verdade.
Estávamos passando em frente a uma loja de animais, onde tinham desde animais domésticos até animais silvestres, claro que eu não perdi a oportunidade de entrar na loja para ver.
-Vamos ver nessa loja...
-Credo Rod, só tem animal nessa loja...
-Quem sabe você encontra o Gabriel aqui...
-O quê?
-Quem sabe você encontra o presente do Gabriel aqui...
-Ah...
-O que acha dessa cobra?
-Isso lá é presente que se dá pra alguém?
-Seja moderno, Rod. Veja essa tarântula...
-Não, vai que ela o pica...
-Não tenho essa sorte.
-O que você disse?
-Eu disse que está muito cara. Vamos sair dessa loja, Rod?
-Olha que peixe lindo.
-É filhote de tubarão.
-Adorei, será que sua mãe se importaria se eu comprasse e colocasse no aquário da sala?
-Ela mataria você.
-Melhor não comprar então.
Deixamos a loja de animais e continuamos caminhando pelo corredor do shopping que terminava na praça de alimentação. Ainda indeciso o GÊ não sabia o que comprar ao Gabriel. Odiei quando ele pediu minha ajuda para escolher algo pro “Biel” dele, só concordei em ir pra não chatear meu primo. Passando pela praça de alimentação comecei a ficar com fome, o GÊ também dizia que queria almoçar então começamos a procurar uma mesa.
-Rod vamos parar aqui e comer alguma coisa?
-Vamos, estou começando a ficar com fome...
Começamos a procurar por mesas, mas a praça de alimentação estava lotada.
-GÊ, acho que não tem mesas...
-Vamos procurar mais pro meio.
Entramos no meio das pessoas e fomos procurar pelo centro, passando a terceira pilastra olhei para meu lado esquerdo e avistei o André sentado a uma mesa.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Vida.com... parte 5

Chegamos na academia, e seguimos para a entrada, logo na recepção as meninas me receberam super bem, o Ge conseguiu me convencer a fazer a matricula na academia e começar a malhar com ele, claro que com a ajuda das meninas da recepção.


-Que bom que vamos malhar juntos...
-Espero não me arrepender depois...
-Claro que não vai... Ta vendo aquele professor?
-Sim, o que tem?
-Eu pago um pau pra ele, o cara é tudo de bom, as meninas arrastam um caminhão por ele...
-Ele parece ser tudo de bom mesmo.
-Se ao menos ele me desse sopa...
-Esqueceu que você namora?
-Claro que não, estou falando da época que eu era solteiro...
-Hahaha... Sei...



Não vou ser hipócrita e dizer que o professor não era gostoso, pois ele era bem gostoso, mas foi um exagero da forma que o Gê contou, tudo bem que pra ele o Glauco era um Deus grego, talvez fosse também para aquelas meninas que ficavam se jogando pra ele, mas pra mim era normal. Saindo da academia dei uma passada em casa e depois fui encontrar com o André antes de ir a faculdade.


-Oi Rod...
-Oi André, tudo bem?
-Tudo... Quer dizer...
-Você não parece estar muito bem, o que acontece?
-Sabe, Lú... Às vezes eu me sinto mal em ter que esconder da minha mãe minha condição...
-Por que você não conta?
-Eu tenho vontade de contar, mas tenho medo...
-Medo de quê?
-Sei lá, da reação dela...
-Você acha que ela seria capaz de te fazer algum mal?
-Não... Mas meu pai sim.
-Entendi... Vamos falar de coisas boas, olha o que eu trouxe pra você...
-Uma foto sua?

Sim, atrás tem uma dedicatória minha pra você.
-Nossa Rod... Adorei!
Eu sempre acreditei que mãe sente o que o filho sente, toda mãe sabe quando o filho é homossexual, algumas se calam com medo de ter a certeza confirmada pelo filho, outras preferem ouvir da boca do próprio. Claro que as mães só querem o bem de seus filhos, a maior parte delas não recriminam a maneira de seu filho ser, o que as mais entristece é pensar no preconceito que seu filho vai sofrer no mundo a fora, claro que elas têm razão, a sociedade é muito preconceituosa, seja com sexualidade, religião, cor, etnia, entre outras, uma tremenda bobagem, pois as pessoas só vêem valores em dinheiro e aparência. Conversamos um pouco e depois o levei para dar uma volta em meu carro novo, aproveitamos para dar uns beijos gostosos como fizemos da outra vez, passamos pouco tempo juntos, mas foi muito gostoso pelo tempo que curtimos, deixei-no próximo de sua casa e depois fui para a faculdade.



Mal consegui prestar atenção na aula, meus pensamentos estavam no André, não que eu estivesse apaixonado, sei lá ele mexia comigo, talvez eu estivesse começando a gostar dele. Quando cheguei em casa recebi o recado de que o André tinha me ligado, fui pro meu quarto, deixei minha mochila em cima da cama, tirei toda a roupa e fiquei só de cueca, liguei o computador e entrei na internet, coincidência ou não ele estava on-line, começamos a teclar e notei que ele estava um pouco estranho, algo me dizia que sua mãe estava envolvida nisso.

-DarkDragon diz (00:32) : Rod
-Rod diz (00:33): ola André! Tudo bem?
-DarkDragon diz (00:35): não muito...
-Eod diz (00:35): O que aconteceu?
-DarkDragon diz (00:37): minha mãe descobriu tudo
-Rod diz (00:38): Como?
-DarkDragon diz (00:41): ela viu sua foto...


Na verdade a intenção do André sempre foi contar para sua mãe sobre sua sexualidade, ele já não agüentava mais esconder, me senti um pouco usado, pois ele se aproveitou da minha foto pra contar para sua mãe. Claro que sua intenção nunca foi me prejudicar, mas me entristeceu um pouco saber que ele usou minha foto para contar sobre sua preferência sexual, tanto que sua mãe começou a achar que eu era o culpado.


-Rod diz (00:42): Ela está aí?
-DarkDragon diz (00:45): ta sim.
-Rod diz (00:45): Posso falar com ela?
-DarkDragon diz (00:47): ela não vai querer falar com você Lú...
-Rod diz (00:47): Então eu vou escrever aqui e você mostra pra ela, ok?
-DarkDragon diz (00:48): ta.
-Rod diz (00:48): Boa noite! Eu entendo que a senhora deve estar achando que eu sou o culpado por seu filho ser um homossexual, mas queria dizer que ninguém é assim por que quer, eu não pedi para nascer homossexual, sofri demais para aceitar isso e ainda sofro um pouco.
-DarkDragon diz (00:53): Lú ela disse que isso é safadeza nossa e podemos mudar sim.
-Rod diz (00:54): Isso não é verdade, se eu pudesse escolher não escolheria ser assim, ser homossexual não é opção, ninguém opta por sofrer a vida inteira com preconceito, apanhando da vida, tendo que fazer amor e trocar carinho escondido...




Nessa hora sua mãe tomou a frente do computador e para minha surpresa começou a desabafar comigo.

-DarkDragon diz (00:58): não é fácil pra uma mãe ter um filho homossexual, esse mundo é muito promíscuo...
-Rod diz (00:59): Eu sei que não é fácil, mas também não é um bicho de sete cabeças. Eu não sou um promíscuo e nem os homossexuais são, o homem é promíscuo. Se a senhora deixar seu marido ir a uma festa e uma mulher ficar dando bola pra ele, o que a senhora acha que vai acontecer? Claro que ele vai catar, pois a desculpa dele vai ser : “Eu sou homem...” Um homossexual não deixa de ser homem, não vou ser hipócrita em dizer que não rola sexo fácil, pois rola, mas não pela condição sexual, mas sim pelo instinto masculino.



-DarkDragon diz (01:02): imagine quando a família começar a perguntar das namoradas, o André nunca vai trazer uma namorada pra casa, não me dará um neto...
-Rod diz (01:05): Mas a senhora tem 5 filhos, vai ter muitos netos, a família não tem que cobrar namorada de ninguém, o André não precisa abrir sua cama para todos deitarem, sua vida íntima só diz respeito a ele...

-DarkDragon diz (01:07): meu filho não era assim...
-Ros diz (01:08): Seu filho sempre foi assim, não foi eu que o transformei em homossexual, tanto que não fui eu que o procurei, mas sim ele quem me procurou no bate-papo...
-DarkDragon diz (01:10): Lú ela foi pra cozinha chorando, acho que não fizemos bem...
-Ros diz (01:12): Deixa ela dar uma pensada...



De início ela foi muito mal criada comigo, me culpou pelo filho dela ser gay, disse que eu era um promíscuo, que o filho dela nunca lhe daria um neto, que era pura safadeza nossa e que se quiséssemos mudar poderíamos, não adiantou eu explicar para ela que não é uma questão de escolha, mas sim de falta de opção, e que ninguém opta por ser o que é, simplesmente você é e pronto.



Uma semana depois eu e o André marcamos de nos encontrar novamente, claro que ao nos encontrar ficou um clima estranho no ar, mas aos poucos nós nos soltando e entramos no clima novamente.
-Lú..., Desculpa pelo que minha mãe falou.
-Não se preocupe, já esqueci tudo.
Rimos juntos, ele olhou dentro dos meus olhos, estávamos caminhando por uma rua pouco movimentada, paramos embaixo de uma árvore e aos poucos ele foi se aproximando de mim, me colocou contra a árvore com seu corpo e ali mesmo foi me beijando e tomando meu corpo só pra ele, tudo aconteceu tão rápido que mal consegui reagir, me deixei levar pelo momento e me fiz seu prisioneiro, beijos e mão boba rolavam a vontade, sem medo de ser feliz, se aquela rua escura falasse...:
-Rod...
-Oi.
-Eu posso te fazer uma pergunta?
-Pode.
-Você quer namorar comigo?

terça-feira, 22 de abril de 2008

Vida...Com parte 4

-Você é o André?
-Sim, tudo bom?
-Tudo ótimo.
-Desculpa o atraso, é que acabei tendo uns problemas em casa...
-Ok.
-Podemos ir a um lugar mais calmo para conversarmos?
-Podemos.
Saímos do shopping e fomos dar umas voltas de carro pelas ruas da cidade.
-Me fale um pouco de você, Rod
-O que você gostaria de saber?
-Tudo.
-Hahaha... Tudo bem, pode perguntar então.
-O que você gosta de fazer nas horas vagas?
-Eu gosto de cinema, adoro teatro,
-Pena que não gosta de carnaval...
-Não é que eu não gosto de carnaval, eu gosto sim, o que eu não gosto é essa pouca vergonha que se tornou...
-Nossa...
-Antes o carnaval era uma festa onde todos podiam participar, de qualquer idade e religião, hoje em dia os propósitos mudaram, as pessoas usam o carnaval pra encher a cara, ficar pelado mostrando o corpo, sair facinho beijando todo mundo...
-Por um lado você tem razão...
-A festa em si eu gosto sim...
-Você já terminou a escola, Rod
-Terminei sim e você?
-Ainda estou terminando.
-Repetente...
-Eu não repeti, parei de estudar por um ano...
-Fez mal...
-Fiquei arrependido, mas já passou.
Depois de rodar por um tempo parei o carro em uma rua atrás do shopping, estava um pouco escura, A noite estava agradável, lá fora ventava um pouco, a rua estava deserta, com os vidros filmados não era possível nos ver dentro do carro, que deixei tudo apagado, liguei o rádio bem baixinho e começou a tocar “As brigas que perdi - Pato fu”. Conversamos durante um bom tempo, o André era um garoto muito meigo, mas não no sentido de delicado, pois ele era bem menino, não aparentava nem de longe ser gay, mas sim na maneira de falar das coisas, na doçura que ele tinha nos olhos, não sei explicar, era algo muito cativante que vinha dele. Antes de irmos embora ele tocou em minha mão, com sua outra mão ele pegou por trás da minha cabeça e a puxou para perto de si, trazendo minha boca pra perto da sua, pouco a pouco, meu coração quase saiu pela boca, eu não sabia nem o que dizer, a voz não saia,
olhando dentro dos seus olhos eu notava seu desejo, sussurrando em meu ouvido ele perguntou:
-Posso te beijar?
Não consegui responder, apenas fiz sinal com a cabeça dizendo que sim, ele fechou seus olhos e veio lentamente encostando sua boca na minha, de olhos abertos eu via como ele tinha o cuidado e o romantismo de beijar alguém, com jeitinho, carinho, aos poucos eu fui fechando meus olhos e me deixando levar pelo clima, no início fiquei um pouco tímido, normal com todo mundo que vai ao seu primeiro encontro com alguém que conhece pela internet, a música de fundo proporcionava um clima mais romântico ainda, sua mão tocava minha barriga e me deixava pirado, aquelas mãos grandes, o André era um muito bonito, um pouco mais alto que eu, embora tínhamos a mesma idade. Quando estávamos no maior clima meu celular tocou, era minha tia preocupada comigo, avisei que estava tudo bem e que já estava voltando pra casa, ela cuidava de mim como se fosse minha mãe, preocupada com o horário e os locais aonde eu ia, Desliguei o celular e comecei a me despedir do André com mais um longo beijo.
-André, vou precisar ir embora, já está ficando tarde...
-Tudo bem, a gente se encontra outra hora...
-Quer que eu te deixe em casa?
-Não precisa, pego bus aqui, é rapidinho.
-Tem certeza?
-Tenho sim, Lú. Muito obrigado pela noite.
-Eu que agradeço.
-Tchau.
Era impossível esquecer os beijos daquela noite, os abraços, o gosto de seus lábios ainda estava nos meus. Sou uma pessoa muito intensa, gosto de aproveitar os momentos ao máximo possível, enquanto estava rolando o clima no carro eu fiz questão de fazer tudo que me deu vontade no momento, acho que todo mundo deveria fazer o mesmo pra depois não ficar com aquela perturbação na cabeça, ou arrependido de não ter feito algo. Cheguei em casa e -Lucas, preciso que você vá comigo ao supermercado.
-Tudo bem tia, deixa-me pegar um casaco...
-Não precisa, não vamos demorar.
-Mas à uma hora dessas, tia?
-Lembrei que não temos nada pra comer no café amanhã...
-Ok, vamos lá então.
-Cadê seu carro tia?
-Está na sua frente.
-A senhora trocou de carro?
-Sim,
No outro dia acordei cedo com o Gê me chamando, eu já estava até me acostumando, pois quase todo dia ele me acordava pulando na minha cama, me batendo com o travesseiro, às vezes eu ficava puto, mas só de olhar para aquela carinha que ele tinha eu o perdoava.
-Bom dia Rod... Está na hora de acordar... Vamos, levante...
-Calma.
-Opa... Ainda não acostumei com a idéia de que você dorme pelado, sempre esqueço...
-Qualquer hora você vai ter uma surpresa...
-Uau... Que tipo de surpresa?
Levantando da cama ainda pelado, segui em direção ao banheiro e disse:
-Se é surpresa eu não vou contar.
-Hum... Adoro esse tipo de mistérios...
-Por que você veio me acordar à uma hora dessas?
-É que estou indo pra academia, pensei que você poderia ir comigo, é chato malhar sozinho...
-Humpft... Tudo bem, deixa-me tomar um banho antes, ok?
-Obaaaaaa... Vou te esperar lá na sala então.
-Ta bom.
Entrei no banheiro e antes de entrar no chuveiro fui fazer a barba, eu não gostava muito de fazer a barba com água quente, pois ardia minha pele, depois o pelo nascia encravado e ai eu sofria. Depois de fazer a barba entrei no box e liguei o chuveiro, esperei a água esquentar pra poder entrar embaixo do chuveiro. A água estava quentinha, enquanto passava xampu no cabelo fiquei relembrando a noite anterior que passei com o André, não demorou muito e eu já fiquei excitado, por conta dos amassos da noite anterior acabei ficando com as partes um pouco dolorida, precisava dar uma aliviada aproveitando que estava no banho, distraído com o ato acabei esquecendo de trancar a porta, só percebi esse detalhe quando fui surpreendido pelo GÊ
-Se eu não estivesse namorando até te ajudaria a aliviar...
-Caramba...
-Você demorou muito, vim ver se estava vivo.
-Poderia ter batido na porta antes, né?
-Se você tivesse a deixado fechada... Desculpa.
-Ok. Já terminei de tomar banho mesmo.
-Sei...
-Quer parar?
-Já parei.
Pega uma toalha lá no quarto pra mim.
-Opa... Toma.
-Obrigado.
-Você vai demorar muito?
-Por que, está com pressa?
-Não, só perguntei... Você é tão cheiroso...
-É?
-Sim... Na cama é muito gostoso também...
-Pare com isso, você está me deixando sem graça.
-Ok. Podemos ir?
-Podemos.

sábado, 19 de abril de 2008

Vida.com...Parte 3

-Com licença, você está acompanhado?-Sim, mas acredito que ele vai demorar a voltar.-Posso me sentar com você?-Fique à vontade.-Você namora há quanto tempo?-Não namoro mais, tive que deixar minha namorada e vir morar com meus tios.-Mas você não disse que estava acompanhado?-Estou, vim com meu primo. Ele começou a rir, eu não entendi nada, afinal, eu era novo nesse “meio”, não entendia quase nada do que as pessoas falavam, muitas gírias diferentes das que eu costumava ouvir. -Qual seu nome?-Sou Lucas, e você?-Prazer, meu nome é Denis. Ficamos conversando por um bom tempo, ele me explicou algumas gírias que o pessoal usava, me deu algumas dicas também, ele era um rapaz muito legal, me tratou com muito carinho e muita atenção, um rapaz muito bonito, nem aparentava ser gay, tinha um sorriso de anjo e uma voz muito serena, tinha bom gosto para roupa e perfume pelo que pude notar. Depois de um tempo eu comecei a me familiarizar com o ambiente, me senti mais à vontade também, mas fiquei constrangido quando ele me pediu um beijo:-Rod...-Eu?-Posso te dar um beijo? Olhei pra ele com os olhos estufados, sem saber o que responder.-É que fiquei muito afim de você. Confesso que eu também me senti atraído, embora eu ainda estivesse um pouco apreensivo por ser a primeira vez que recebia uma indireta tão direta de um cara, não soube como agir de momento, com aquela pele morena de sol, um pouco mais baixo que eu, cabelo liso com topete espetadinho e luzes, o que mais me encantou foram aqueles olhos negros e brilhantes que me olhavam de uma tal maneira a me tirar um raio-x por completo. Claro que ele notou minha falta de “jeito” para esse tipo de situações, foi aí que ele puxou sua cadeira pra perto da minha, olhou lá dentro dos meus olhos, tocou em meu rosto com sua mão esquerda delicadamente, fechou seus olhos e aos poucos foi aproximando seu rosto do meu e encostando sua boca na minha, passo a passo, primeiro um selinho delicado, aos poucos ia abrindo sua boca e o beijo estava ficando cada vez melhor, alternava entre o seco e molhado, enquanto nos beijávamos carícias no rosto e na nuca rolavam de ambas as partes, eu não sei explicar, mas aquele beijo foi muito gostoso, aquele seu perfume ficou na minha pele, era um perfume doce, parecia uma mistura de amêndoas com morango, em meio aos beijos intercalados com mordidas nos lábios ele ruborizava, sua respiração já estava ofegante, foi muito bom, ficamos conversando e nos beijando a noite inteira quase. Quando meu primo apareceu já chegou de mãos dadas com um garoto, ao me ver junto com o Denis ele ficou surpreso, mas ao mesmo tempo feliz por mim, abusado como ele era já foi tomando a iniciativa e se apresentou ao Denis.-Não perdeu tempo hein Gê. Meu nome é Robson, prazer.-Prazer, Denis.-Rod, daqui a pouco vamos embora.-Tudo bem.-Deixa eu te apresentar... Esse é o Gabriel.-Beleza?-Tudo bacana.-Vou dançar um pouco na pista e depois eu volto pra te buscar.-Ta bom.-Posso te beijar outra vez, Rod?-Pode. Ficamos nos beijando por mais um tempo, o jeito que ele me tocava me deixava louco, era um toque leve, mas ao mesmo tempo firme, ele sabia onde pegar. Na hora de ir embora, ofereci carona para ele que aceitou na boa...-Obrigado!-Por nada.-Falou cara.-Tchau. Cheguei em casa e aquele perfume ainda estava em minha roupa, na minha pele, como é bom você poder beijar alguém com prazer sem se preocupar com quem está olhando ou peso na consciência... Ao entrar no quarto encostei a porta e fui direto tomar um banho, aproveitei para descarregar meu tesão acumulado da noite toda, depois do banho me enxuguei e fui me deitar, eu tinha o costume de dormir nu, às vezes de cueca. No outro dia acordei com o Gê me chamando dentro do quarto, eu levantei correndo procurando uma toalha para me cobrir, fui pego de surpresa:-Rod, acorde. -Caramba...-Calma, não precisa esconder, eu já vi muitos desses, ta certo que o seu é tudo de bom, isso eu não posso negar.-Você está me deixando sem graça.-Com o tempo você acostuma. Como foi com o Denis ontem? -Foi ótimo, adorei.-Quando é que vocês irão se ver outra vez?-Não sei.-Como não sabe?-Não sei, como vou encontrá-lo?-Vocês não trocaram telefones? E-mail?-Não -Da uma olhada no nick desse cara...-Qual deles?-O BoyToy...-O que tem ele?-Provavelmente ele já entrou na intenção de encontrar alguém pra fazer sexo.-Como você sabe?-O próprio apelido dele na sala insinua que ele é um brinquedinho para os outros...-Credo... Vem cá, é fácil de conseguir arrumar alguém pra transar nessa sala de bate papo?-Muito fácil, as pessoas só entram aqui pra procurar sexo, dificilmente tem alguém procurando fazer amizade... Quer ver? Robson fala pra BoyToy: Beleza cara? BoyToy fala para Robson: firmeza... o que curte?
Robson fala para BoyToy: eu curto um sexo bem gostoso e você?BoyToy fala para Robson: eu também... tem local?Robson fala para BoyToy: topa motel?
-Você vai sair com ele?-Claro que não, só estou zoando...-Parece que ele ficou muito afim de sair com você.-Ele só está a fim de gozar... Vai querer sair com ele?-Ta louco? -Bom, então fique ai se divertindo um pouco...-Aonde você vai?-Vou telefonar pro meu gato.-Pra quem?-Para o Gabriel...-Nossa... Pelo visto você está confiante com esse garoto, hein?-Espero que agora eu tenha acertado na felicidade.-Vou torcer por você.-Obrigado. Não sei por que, mas não fui muito com a cara do Gabriel, porém não tive coragem de dizer ao GÊ, pois ele estava tão feliz que fiquei com receio de magoá-lo. Pode ser que era só implicância minha, talvez estivesse rolando um ciuminho da minha parte pra cima do meu primo, mas se esse garoto fosse fazê-lo feliz o que eu poderia desejar era sorte apenas. Enquanto ele foi ligar para o seu mais recente amor eu continuei conversando com alguns caras no bate papo, conversar com os caras no bate papo era um pouco difícil, pois só pensavam em sexo, foram muito poucos os caras no qual consegui conversar um papo cabeça, até cheguei a trocar e-mail com um deles. Depois de ficar quase duas horas na frente do computador fui vestir uma roupa e tomar café da manhã.-Bom dia!-Bom dia, Rod! Você viu o GÊ?-Eu acho que está no quarto dele...-Deixa que daqui a pouco ele vem. Como foi a balada ontem?-Foi bacana...-Conheceu alguma garota? Na hora eu não sabia o que dizer, fiquei vermelho de vergonha, meu tio também tinha que fazer esse tipo de pergunta? Sorte foi que minha tia interrompeu o assunto e o GÊ chegou bem na hora propicia para mudarmos de conversa:-César, você não está vendo que ele é tímido?-Mas o que foi, Helena?-Não fique fazendo esse tipo de pergunta idiota para o garoto...-Bom dia pai, bom dia mãe!-Bom dia meu filho.-Bom dia!
--Chega. Vamos falar de coisas boas? É amanhã que -Relaxa, Rod. A gente vai dar umas voltas no shopping mais tarde, aproveitamos e pegamos um cinema...-Tudo bem.-Aproveite e compre um celular para o GÊ também, ele vai precisar...-Claro!
Enquanto eu me arrumava em meu quarto, o GÊ foi ligar para o Gabriel o convidando para ir conosco ao shopping, de principio não gostei muito da idéia, ficar segurando vela pros outros não era comigo, mas não tinha outra escolha.-Lucas, já está pronto?-Só vou passar um pouco de gel no cabelo...-Tudo bem, vou te esperar na garagem...
Ok. Fui até o banheiro, olhei bem pro meu rosto no espelho e pensei em desistir, eu não estava a fim de olhar pra cara do idiota do Gabriel, tudo bem que eu nem cheguei a conhecer o cara direito, mas não adiantava, resolvi assumir minha implicância com ele e pronto. Voltei pro quarto na intenção de ligar no celular do Gê avisando que não iria mais com ele ao shopping, ao entrar no quarto minha tia entrou com o telefone na mão, era minha mãe que havia ligado para dar noticias, Desliguei o telefone super feliz, peguei um boné dentro do armário, coloquei na cabeça e me despedi da tia Helena, falar com minha mãe acabou me encorajando para ir ao shopping com o GÊ e o insuportável do seu namorado. Chegando no estacionamento ele já estava dentro do carro falando no celular, claro que nem me dei ao trabalho de adivinhar quem era do outro lado da linha, pelo tom de voz que ele usava e a forma com que ele falava estava obvio demais.-Podemos ir?-Gato, vou ter que desligar, te espero lá, ok? Beijão. Pronto...-Já?-Sim... Põe o cinto...-Só não quero demorar...-Pare com isso Rod, vamos nos divertir um pouco... Você está precisando de um amor...-Sem comentários. Chegamos no shopping e deixamos o carro no estacionamento, naquele dia o shopping estava lotado, e eu sempre detestei multidão, me sentia mal no meio de muita gente aglomerada. Fomos até a porta do cinema encontrar o Gabriel, o cumprimentei apenas por educação, não via a hora de comprar o que precisava logo e ir embora, aquele ambiente estava me fazendo mal.-Oi amor...-Oi meu gato! Tudo bem, Lucas?-Beleza.-Pra onde vamos?-Vamos comprar algumas roupas e um celular...-E depois?-Depois...-Depois eu vou embora e vocês decidem o que vão fazer, podemos ir logo, GÊ?-Calma ROd , o que você tem hoje?-Humpft... É melhor eu ficar de boca fechada. -Vamos ver nessa loja... Boa tarde!-Boa tarde, em que posso ajudar?-Veja alguns ternos para meu primo, gravata, sapato, cinto...-Podem me acompanhar...
A vendedora era muito simpática, nos deu bastante atenção, é claro que o interesse dela é vender e por isso nos tratou nas nuvens. Provei vários ternos, nunca tinha me olhado no espelho de social, até que eu fiquei bonito, modéstia a parte é claro.-Nossa... Como você ficou bonito, GÊ ?-Já to com ciúme, Gabriel.-Que isso amor...-Acho que vou levar um pra mim também. Fingi que nem ouvi o que o Gabriel me disse, enquanto o GÊ foi provar um terno na cabine eu trouxe todas as que eu havia provado, entreguei para a vendedora que os separou em cima da mesa.-Gostou?-Ficaram legais, vou levar.-Todos?-Sim. Enquanto ela foi anotando tudo na nota e separando as peças o Gabriel se aproximou de mim e começou a puxar assunto:-Ficou muito bonito vestido de social...-Humpft... Não mereço, mas agradeço.-Claro que merece... Você parece não ir muito com a minha cara, né?-Boa observação a sua...-O que eu fiz pra você?-Vamos mudar de assunto?-Nossa Lucas, me sinto tão mal com isso... Se eu te fiz alguma coisa de ruim me desculpa. -Não... Você não me fez nada de ruim... -Só não queria que ficasse esse clima chato entre nós...-Desculpa, mas não me peça para ser seu amigo, pois não te suporto.-Caramba, você é muito sincero Rod.-Demais.-Sobre o que vocês estão falando?-O Gabriel estava elogiando as roupas... Sorte a minha que o GÊ chegou na hora certa de interromper aquele dialogo estúpido, eu já estava quase quebrando a cara do Gabriel, mas eu não sabia o por que tinha tanta raiva assim dele, não sei se era ciúme do meu primo, só sei que não gostava dele, achava seu olhar muito falso, dava pra notar também que ele era uma pessoa muito interesseira. Depois de comprar as roupas eu pedi para o gê me levar pra casa, eles ainda queriam que eu fosse ao cinema, mas é claro que eu recusei, já fiz o sacrifício de comprar roupa junto com aquele idiota, imagine segurando vela para dois marmanjos. Três meses se passaram e minha vida parecia estar se ajustando, tirei minha carta de habilitação, fiz vários amigos na internet, O carnaval estava chegando, tive uma semana sem aulas na faculdade, na terça-feira entrei na internet e estava muito chata, fiquei on-line por um tempo até me cansar e quando eu estava saindo da sala de bate papo um garoto me chama pra teclar. Como eu já não estava mais com saco pra ficar em chat teclando com alguém trocamos e-mail e passamos a conversar por lá. Depois que inventaram o e-mail com certeza facilitou a vida de muita gente, as correspondências chegam na hora, a comunicação fica mais rápida, uniu as distancias literalmente. Passei a conversar com aquele garoto por dias, ele era um garoto adorável, muito simpático, divertido e interessante, é difícil encontrar alguém assim que você se identifique, ele disse que adorava carnaval e até iria desfilar na escola, pois sua família costumava desfilar, eu particularmente não gostava muito de carnaval, mas gostava de ver os desfiles pela TV. Depois de conversarmos por quase quinze dias marcamos um encontro no shopping, seria meu primeiro encontro com alguém que eu conhecia via internet, fiquei com um pouco de receio, mas também na expectativa de encontrar alguém legal. Cheguei dez minutos adiantado, comprei um milkshake e sentei em uma mesa na praça de alimentação, fiquei ali ansioso esperando por ele, quando meu relógio marcou a hora do encontro minha barriga começou a doer, minhas pernas tremeram, comecei a suar, não sei se isso acontece só comigo, creio que deve acontecer com várias pessoas quando vão ao primeiro encontro com alguém, a gente fica imaginando as pessoas de todas as formas, tentando adivinhar qual perfume será que ele usa, estilo de roupa, se tem bom papo, entre outras inúmeras coisas. Esperei durante vinte e cinco minutos, foram os minutos mais longos de minha vida, quando já não agüentava mais esperar escutei alguém pronunciando meu nome:Rod...

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Vida .com... Parte 2

Deitamos em meio às almofadas no chão e assistíamos o filme atentamente, eu não conseguia tirar o olho da frente da TV, no começo parecia ser um pouco chato, parado, eu que sempre gostei de filmes de ação estava quase dormindo, mas depois o filme foi pegando fogo e no meio acontecia uma cena erótica que me deixou excitado, não deu pra disfarçar, eu estava sem camisa, apenas de samba-canção, o volume me denunciava, mas até então não tinha problema nenhum, estando dois homens no quarto não precisaria ficar com vergonha. Continuei assistindo o filme até notar o Gê olhando pra mim, inocente eu nem dei muita atenção e continuei vendo o filme até que ele tocou na minha perna, aí eu fui perceber que havia uma certa maldade em seus olhares pra mim, naquele momento eu paralisei, fiquei totalmente sem reação. Suas mãos foram tocando minha perna e subindo cada vez mais, eu sem saber o que fazer não me movi, apenas fechei meus olhos e não pensei em mais nada, o Gê pegou o controle e desligou a TV, se levantou e foi até a porta, a trancando para que ninguém entrasse e nos surpreendesse, aproveitou e apagou todas as luzes deixando somente a luz da janela penetrar pela persiana, deitado sobre as almofadas no escuro do quarto eu senti seus lábios tocarem os meus, não sei explicar, mas um frio pela espinha vinha subindo e uma satisfação enorme tomava conta de mim, o pior era que eu estava gostando, com minha mão aberta eu segurei sua nuca enquanto ele me beijava com muito desejo, uma de suas mãos veio deslizando por baixo da minha cueca me fazendo tremer, recebi um abraço que jamais havia recebido antes, era um abraço forte, firme, me senti seguro, mas aquele beijo foi tão diferente, um beijo tão gostoso... enfim ... não consegui ir pra frente ...e parei.
-Fiz algo de errado?
-Por favor, me deixe sozinho?
-Tudo bem.
O GÊ me olhou triste e confuso, destrancou a porta e saiu do meu quarto a deixando meio aberta, levantei e fechei a porta, encostando atrás dela e respirando ofegante, não sei o que deu em mim de permitir que aquilo acontecesse, eu deveria estar ficando louco , não era possível, corri e deitei na minha cama, comecei a chorar, não sei exatamente o motivo, mas ao mesmo tempo em que eu chorava, pensava também naquele abraço, no beijo, no cheiro, estava ficando maluco, aquilo estava me consumindo, principalmente o seu perfume que havia ficado na minha pele, acabei adormecendo pensando naquele beijo.
Algo me perturbava, acabei acordando na madrugada, aquele beijo mexeu comigo e não me deixava em paz, eu precisava fazer alguma coisa, me levantei e fui até o quarto do Gê, abri a porta bem devagar, encostei com todo cuidado pra não fazer barulho, me aproximei de sua cama e sentei na beirada, ele acordou e eu tentei me desculpar:
-Olha GÊ, eu fui muito bruto com você hoje...
Ele tapou minha boca com seus dedos, olhou pra mim com cara de desejo e sussurrou:
-Não fale mais nada, eu sabia que você ia voltar...
Parecia que ele já tinha planejado tudo, no breu do quarto o GÊ tocou em minha mão esquerda e mais uma vez me beijou, dei-lhe um abraço e deitamos na cama nos beijando, não demorou muito e fiquei excitado, um fogo foi subindo e me consumindo de uma tal forma que eu sai do controle, o GÊ não hesitou em encher a mão tocando meu pau, arranquei sua camisa regata e ele foi tirando minha cueca com o roçar de seu corpo no meu, uma mistura de selvagem com romance. Não parávamos de nos beijar, o clima estava esquentando, aquelas alturas eu já não pensava mais em nada, deixei que o clima me envolvesse e continuei, ele começou a morder minha orelha bem devagar, ao mesmo tempo dando aquelas baforadas que me causavam arrepio, depois sua boca foi descendo e passou a chupar meu pescoço, não eram umas simples chupadas, mas sim "as chupadas", nossa, estavam me enlouquecendo, os gemidos eram baixinhos, mas iam se tornando mais intensos na medida em que o tesão aumentava, aquela boca safada não parava quieta, vinha descendo cada vez mais, quando ele chupou meu mamilo eu não resisti, a provocação era demais, eu já não me agüentava de tanto tesão, acabei deixando escapar um grito, não foi muito alto, mas foi suficiente pro Gê saber que eu estava morrendo de tesão, quando ele ia colocar sua boca no meu pau eu recuei.

Voltei pro meu quarto correndo, entrei e encostei na porta com a respiração faltando, tamanha era a intensidade do clima que rolava há poucos instantes, ao mesmo tempo em que eu sentia medo eu estava adorando, era uma experiência nova, uma adrenalina me consumia, fiquei ali parado relembrando cada momento em que eu havia passado há poucos minutos atrás, minha vontade de estar com ele novamente ia aumentando, o gosto dele ainda estava em meus lábios e seu perfume exalava em minha pele, eu já não conseguia mais raciocinar, não parava de pensar nele, na sede de beijá-lo outra vez passava minha língua em volta dos lábios para senti-lo um pouco mais, olhei no relógio e já passavam das 5 horas, deitei na minha cama e adormeci pensando naqueles momentos. algo que eu nunca havia sentido antes, o cheiro, a pegada firme, tudo me fazia melhor. No outro dia acordei com uma dor no pescoço por dormir de mau jeito, levantei e fui tomar um banho pra acordar disposto, depois do banho vesti uma camisa e uma bermuda bem confortáveis e fui tomar café da manhã com todos na mesa.
O Gê falava com um sorriso bem safado na cara e usou um duplo sentido, quando ele começou a contar eu gelei, sentado à minha frente na mesa ele me olhava com desejo, acabou me deixando sem graça, não contente ele roçava sua perna na minha por baixo da mesa, parece que ele gostava de correr certos riscos, quase engasguei com o suco de acerola que bebia, safado e audacioso ele começou a rir, meus tios olharam pra nós sem entender o que se passava....
Após o café me levantei e fui para meu quarto, encostei a porta e entrei no banheiro para escovar os dentes e lavar o rosto, quando voltei ao quarto o Gê estava me esperando sentado na minha cama, até levei um susto ao vê-lo ali, sem camisa, pele branquinha, corpinho definido, sem pelos, só de ver já fiquei perturbado.
-Percebi que você gostou da noite passada, embora teve um pouco de receio, né Rod.
-Por que você fez aquilo?
-Porque me senti atraído por você Rod.
-Você é gay, GÊ?
Ele caiu na risada, deitou na cama e abraçou o travesseiro se matando de gargalhar, na hora até levei um susto, confesso que essa palavra "gay" me deixava meio apreensivo, simplesmente não gostava.
-Fala baixo... sim, eu sou gay. Mas meus pais não sabem.
-Tudo bem, eu não vou contar. Sabe... Eu confesso que gostei da noite passada.
-Claro que você gostou, eu percebi pela sua excitação, pela sua "avantajada" satisfação...
-Pois é, eu não sei por que, mas me senti tão bem... Uma sensação que nunca havia sentido até o momento.
-Você é tão gostosinho Rod!
-Pare com isso. Sabe... Às vezes eu sentia uma vontade de beijar o meu vizinho, era tão estranho, no chuveiro eu pensava nele, aquele peitoral definido, bronzeado de sol encostando junto ao meu... Aquela boca bem feita tocando a minha... Sentir aquelas mãos tocando no meu corpo era meu sonho de consumo, eu pensava nele até na cama com minha namorada, mas tinha vezes que eu me reprimia, chorava dias e dias ...
-Já entendi. Você sentia atração por homens, mas não aceitava isso...
O Gê veio até mim e me deu um abraço, dessa vez o abraço foi diferente, foi inocente, só carinho, sem malicia ou segunda intenção.
Depois daquela conversa com meu primo me senti um pouco mais aliviado, que bom que eu pude desabafar algumas coisas
Á noite o Gê disse que iria sair, tia Helena pediu para que ele me levasse junto, pra eu conhecer um pouco da cidade, eu adorei a idéia e o GÊ também, ele disse que iria me levar para conhecer às baladas, eu nunca havia ido a uma balada, ainda mais na balada que ele iria me levar.
-Mãe, daqui a pouco to saindo pra balada...
-Rod, leve o GÊ com você, ele precisa se divertir um pouco nessa cidade.
-Claro...
Fui pro meu quarto tomar um banho antes de sair, sempre gostei de cantar no chuveiro, por isso não consegui ouvir o GÊ entrar no quarto, só fui perceber quando ele abriu a porta do box no banheiro, com a cabeça cheia de xampu tomei um susto, fazendo com que caísse xampu no meu olho e o fizesse arder:
-Caramba...
-Calma... Não precisa se assustar...
-Você é louco?
-Por quê?
-E se alguém nos pega aqui?
-Ué... Estamos fazendo algo de errado?
-Não.
-AINDA não, você quis dizer.
O GÊ era muito safado e atrevido, mal deixou eu falar e já foi me beijando, entrou embaixo do chuveiro com roupa e tudo, ficamos ali nos beijando por um bom tempo, quando a coisa estava começando a esquentar eu pedi pra parar, aquela boca safada chupando meu pescoço de uma tal maneira que me deixava anestesiado, todo arrepiado, já sem roupa ele passava seu corpo no meu deixando minha imaginação pervertidamente afiada, que tesão.
-É melhor a gente parar por aqui...
Palavras intercaladas com beijos e mordidas nos lábios:
-Parar... Você quer mesmo parar?...

Fiquei calado.
-Eu sabia que não... Deixe o tempo passar e vamos nos permitir aproveitar um pouco.
-Robson você vai acabar comigo...
-Acabar como... Só se for de tanto prazer...

A noite estava linda, o céu estrelado e uma lua belíssima, fomos a uma boate gay que o Gê dizia gostar muito. No começo eu fiquei com um pouco de receio, eu imaginava um monte de garotos afeminados dando em cima de todo mundo, transando com qualquer um pelos cantos do lugar, sinceramente pra mim uma balada gay não passava de suruba coletiva. Quando chegamos minha idéia de balada gay foi mudando, fui muito bem recebido na portaria pelos funcionários, era um ambiente bem sofisticado, pessoas de alto nível, bem vestidas, totalmente diferente da idéia que eu fazia antes de conhecer. Logo quando chegamos o Gê encontrou com uns amigos seus e veio me apresentá-los, que por sinal eram muito bonitos, aliás, na boate só tinha gente bonita, fui andando pelo lugar e observando o ambiente, quanta gente beijando pessoas do mesmo sexo, a primeira vista eu me assustei, nunca vi dois homens se beijando sem vergonha do que estavam fazendo perante as pessoas, mas depois acabei me acostumando, afinal, para todo mundo que estava ali isso era normal, eu era quem tinha que dominar meu preconceito. Fiquei vendo eles ali se beijando e me deu uma vontade de beijar também, aquele casal parecia se conhecer ha algum tempo, pois se tratavam com intimidade, um deles era muito bonito, cabelo espetado, bem vestido, moreno de olhos puxados. Só me dei conta que estava sozinho quando meu primo acabou sumindo com os amigos, fiquei com medo de me perder, então sentei em uma das mesas e fiquei ali observando todo o movimento do lugar, não demorou muito e um rapaz se aproximou de mim dizendo: ..... ate o proximo so semana qu vem hauahauahau abraços e bom final de semana ....

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Vida .com... Parte 1

Sempre tive uns pensamentos estranhos, desejos diferentes que um garoto normal da minha idade tinha, às vezes me sentia muito mal, mas não sabia o que era, tinha dias que eu pensava estar louco, me achava anormal, não sei explicar, era uma sensação muito ruim. Às vezes eu beijava minha namorada e não sentia nada, era como se eu estivesse beijando uma parede, certa vez ela cobrou isso de mim, e o que eu poderia dizer? Explicar? Eu também não sabia o que era, eu não conseguia controlar aqueles desejos, certo dia tive vontade de beijar o irmão dela, vendo ele jogando futebol na rua com outros garotos, sem camisa, todo suado, será que eu estava ficando louco? Não era normal um garoto ficar pensando em outro, muito menos desejar um corpo masculino, principalmente o irmão da própria namorada, perdi a conta de quantas vezes aliviei minhas vontades no banho pensando em corpos masculinos, por causa desses e outros pensamentos um dia eu sai de casa na intenção de acabar com tudo isso.

Eu nasci em Campinas SP quando morava com minh mae e fui criado em Jaguariuna com meu pai , não sou filho único, vim de uma família humilde, apesar disso meu pai nunca deixou nos faltar nada, porém nossa vida sempre foi muito simples, eu me lembro que no meu último aniversário meu pai me deu uma bicicleta de presente, o coitado economizou o ano inteiro para poder conseguir comprá-la. Perto de casa havia uma um club que se chama Bomfim os moradores da região iam em dias de verão, minha mãe costumava me levar todos os domingos à tarde quando eu era criança, ficávamos lá por um longo tempo, tenho saudade daquela época. Ao em tempos de sair de casa fugir ou algo assim me recordo ...
Minha madrasta
Estou fazendo um arroz doce com bastante leite condensado...
-Hummm... Que delicia... Estou sentindo o cheiro daqui...
Sentei na cama quando vi minha madrasta olhando de um lado pro outro e fechando a porta do quarto, limpando a mão no avental amarrado em sua cintura ela se sentou ao meu lado e pegou na minha mão:
-Filho, estou preocupada com seu pai...
-O que houve,
-Não sei, eu notei essa noite que ele gemia ao dormir...
-Será que...
-Eu também estou achando.
-A senhora já falou com ele?
-Não.
Há alguns anos meu pai vinha sofrendo de alguns problemas de saúde, paramos de falar no assunto assim que ele chegou em casa. Depois que minha ela voltou para a cozinha peguei os pedaços de papel e fui jogar no cesto de lixo na área de serviço.
Não tinha uma boa relaão com meu pai cresci assim sabe com receios e façta de afto não sie o porque .... mas ja tentei de tudo ....

Aos meus 17 anos eu já trabalhavae e morava praticamente so pois depois de diverças brigas com meu pai aluguei um casa e fui morar so ate trazer minha mae de campinas pra cá e ao mesmo tempo estudava, de inicio meu pai não concordou muito com a idéia, orgulhoso do jeito que ele era quase me bateu, minha mãe também achou um pouco cedo demais, mas depois acabaram concordando, afinal, uma hora eu tinha que adquirir minha independência. Depois desse turbilhão nossa vida parecia estar tranqüila.

Dai minha vida começou ... festa de aniverssario familia em casa ....

Oi tia...
-Nossa... Como você cresceu... Você está tão bonito...
-Obrigado tia... A senhora também está diferente...
-To feia?
-Claro que não, está muito bonita...
-O GÊ não vê a hora de você chegar...
-Sério? Como ele está, tia?
-Já está um homem, igual você!
-Há cinco anos atrás né.
-Hahaha... É verdade... O que foi?
-Nada...
-Tem certeza?
-To com um pouco de medo, só isso.
-Medo de quê?
-Sei lá... Olha só esse monte de pessoas...
que faz tempo que não vejo

Ao chegarem abri a porta pra elles , entraram na sala e logo em frente à porta havia um lindo quadro na parede enorme não deixaram de comentar e claro havia colocado justamente para isso , deitado no sofá ja estava estava meu primo GÊ, quase não o reconheci quando ele se levantou do sofá e veio em minha direção para me cumprimentar, ele estava muito bonito, mais que bonito ele estava gostoso, já comecei a ter aqueles pensamentos outra vez.
-Ro... Nem acreditei quando minha mãe disse que nos viria pra cá...
-Pois é, nem eu...
Quando ele me deu um abraço até deixei as sacolas cai no chão, retribui com um abraço também, seu abraço foi muito gostoso, me deu até um frio na espinha, não sei por que eu sentia aquelas coisas, dentro da minha cabeça estava um tremendo redemoinho, mas claro que não demonstrei nenhuma atitude que pudesse dar a entender esse meu "desvio". Apesar que relmanete ele sabia ou fingia n saber ...Venha vou mostar o seu quarto onde vc irá ficar ...

Sério?
-Sim... Vem comigo que eu te mostro...
quando entrei mal pude acreditar descrevendo meu quarto um computador, uma cama grande com um lindo edredom xadrez forrado, um guarda-roupa enorme que pegava de uma parede à outra, enfim, todo luxo que eu nunca tive morando com meus pais. Não perdi tempo e me joguei na cama, o Gê deu risada e pulou comigo, aquele colchão macio, lençóis perfumados, tinha até um banheiro dentro do meu quarto, meus olhos brilhavam de felicidade. vai sabe o pq né hauahau Aproveitei e já fui tomar um banho para me livrar do suor e cansaço , enquanto isso o Depois do banho passei um óleo que estava em cima da pia do meu banheiro, me enxuguei com uma toalha bem branquinha e macia, a enrolei na cintura e fui pegar uma peça de roupa no meu novo guarda-roupa rsss, logo quando saí do banheiro vi o Gê sentado em minha cama me observando, quando ele me viu quase nu saindo do banheiro reparei que ele deu um leve suspiro e um sorriso meio safado, mas nem levei na maldade. Apesr de estar sentado no pc e no bate papo fingi que não vi hauahuahaua

Por um lado eu estava feliz por estar desfrutando de tudo aquilo, mas por outro eu estava me sentindo um pouco estranho, por dentro eu sentia uma angustia que me incomodava, meus pensamentos ainda estavam não sei aonde. Na hora do jantar eu comi uma comida maravilhosa, que fui eu que fiz e claro.
Está gostando, Ge?
-De que, ?
-Da cidade... Daminha casa...
-Bom, a cidade é muito pequena , a principio eu não gostei muito não. Já da casa eu adorei, muito bacana Depois do jantar fui pro meu quarto assistir um pouco de TV, liguei o DVD e deitei na minha cama, tirei a camisa e fiquei só de cueca samba-canção, estava todo esparramado na cama quando o GÊ bateu duas vezes na porta e entrou no quarto trazendo na mão um vídeo:
-Posso entrar?
Claro...
-Com licença... Eu trouxe aqui esse DVD pra nós assistirmos juntos...
-Beleza.
Ele trocou o que eu estava assistindo pelo que ele trouxe:
-Peraê que vou buscar a pipoca.
-Ta bom.
Enquanto isso eu juntei várias almofadas no chão e forrei o edredom, onde deitamos para assistir o filme comendo pipoca.
-Você já assistiu a esse filme?
-Ainda não, e você?
-Também não, aluguei hoje e esperei você chegar pra assistirmos juntos.
-Obrigado pela consideração.
-Relaxa... Olha lá, começou...

bom por Hoje e so semna ainda pposto mais alguma coisa espero que tenho gostado contiruarei o resto depois t+ galeraaaaaaaaaaa

segunda-feira, 24 de março de 2008

Nunca sei direito o que escrever aqui, as vezes da vontade de desabafar e eu falo, outras vezes de compartilhar uma poesia bonita ou outra coisa. Achei legal o fato de algumas das minhas postagens terem ajudado outras pessoas, apenas conto minhas experiências e consequências por assumir em casa, é apenas um desabafo mas fico feliz que com isto eu tenha ajudado algumas pessoas.

sábado, 15 de março de 2008

AMIZADE

Eu parei para pensar, me olhei por dentro e vou responder:
Só me afasto de quem me faz mal!
Tenho amigos que são drogados,
Tenho amigos com sindrome de Down,
Tenho amigos Vagabundos,
Tenho amigos Brancos, pretos, indios,
Tenho amigos com aids,
com cancerTenho amigas pobres e ricos,
Porque me afastaria de meus novos amigos,
só pq alguns é mais ou menos Gay (odeio esta rotulagem).
Como ser gay fosse uma falha de carater.
Se eu me afastar deles,
tenho certeza que não seria mais feliz, pelo contrário!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Angústia.

Que sentimento é este que tem tomado conta de mim? Nas ruas, nos ônibus, nas casas, onde durmo o sentimento agonizante me percegue, me algema e me violenta. Meus olhos umedecem, a vontade é de chorar, mas as lágrimas não vem, não escapam. Meu peito parece que tudo suporta, minha face nada deixa transparecer, sou ouvinte disperso e impassível. É sempre quase: quase sofrimento, quase tristeza, quase alegria. Percorrer a orla, percorrer os corpos, nada suprime, nada alivia esse desejo de tudo e coisa alguma. Repúdio, a tudo quanto possa trazer um pouco de contentamento. O céu é quase sempre azul, nenhuma nuvem, um pedacinho branco qualquer, que inrompa no céu azul de fogo. Nenhuma paz, nem o sonho dela. Nem a morte.Nenhum corpo de homem.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Entre 4 paredes apenas?

Muitos de nós somos independentes ... levamos nossa vida profissional e pessoal à margem das pessoas q nos cercam e só em alguns momentos falamos algo a respeito à família, um colega ou amigo....Eu sou assim, só conto poucas coisas de minha vida... as veszes viu hauahau Não estou falando só da vida do lado B... o meu normal é não dar satisfação do que eu faço , onde vou com quem vou... que horas volto, etc....Seguindo essa linha de raciocínio... também pensei que ao namorar com um cara algum dia não contaria... afinal, o que eu faço entre quatro paredes ninguém precisa saber né?Mas vem o tempo e o que era bom entre 4 paredes passa a ser bom entre vários pontos da casa. Transcende o portão... vai para a rua e ai para todos os cantos. É uma viajem de fim de semana; uma cervejinha num dia qualquer; praia; um bom restaurante; um passeio; um bate papo, etc. E ai vem minha voz interior e questiona: "Porque você não dividir isso com seus filhotes que tanto curtiriam estar aqui, com sua irmã, com melhor amigo que tanto andou contigo em ambientes e lugares assim?"Tantas coisas boas que estar junto com uma pessoa traz que chega um ponto que queremos compartilhar isso com as pessoas que estimamos. No meu caso, que sempre tive amigos de verdade, que tenho meus filhotes, meus irmãos mais próximos, me ponho a pensar o porque estou tão feliz e eles não sabem o motivo, o real motivo?Aos poucos vai surgindo um certo incomodo próprio, no fundo, eu não sei ser feliz sem dividir com outras pessoas. Eu queria estar na praia com meu namoradim e meus fiotes ou meu melhor amigo estar comigo, convivendo, compartilhando e comemorando esta fase comigo, por exemplo.Em alguns momentos me pego pensado que sou feliz, mas tenho que demonstrar o mínimo possível para que ninguém pergunte e consequentemente eu não tenha que dá uma desculpa, falar uma meia-verdade, omitir. Me sinto "sendo feliz num submundo".Também me pergunto, porque tem que se assim, ja que sou independente. Já não tenho 15anos, to chegando daqui a poucos anos a 23, mas ainda tenho receios de adolescente. Intrigante, no minimo isso!Mas também tenho que analisar o que uma informação tão pessoal como essa e não tão comum afetaria a minha vida familiar e profissional, além das amizades que tenho. Além do receio de qualquer rejeição, vem junto o receio da minha própria reação ocorrendo isso.Não sou de ficar pensando no "se", mas são coisas que merecem ser pensadas antes. Não estarei reportando nada da minha vida como se fosse uma obrigação que tenho para com os outros, neste caso eu quero apenas dividir com quem prezo as coisas que fazem felizes.Já bem diz o ditado que "a felicidade tem um preço" e tem certa razão tal frase. As coisas mudam em nossas vidas, as visões que tínhamos antes se transformam quando a colocamos em prática, mas ainda assim, eu prefiro pagar para ser feliz. Não estou marcando o dia ou me precionando para me abrir, estou deixando as coisas andarem um pouco mais. Porém, já sei que surgindo a oportunidade não me porei barreiras.... hauahau to ficando lucoooooooo

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Baladas baladas e mais baladas

Eu sempre pensei que ir numa balada gay era um absurdo.... Os caras que vão... eram os afeminados.... Era como a sentença final, entrar definitivamento no meio gls encontrar aquelas bibas loucas... cantando "I Will Surviver" usando batom de cores berrantes, com echarpes rosas cheias de plumas e querendo catar o único cara "nomal" o único homem da balada, no caso eu hauhauahau Conversando com colegas virtualmente, aqueles que estão fora do chamado "meio gls" (não são blogueiros) eles também tem essa visão ou parte dela.... Ai talvez tenha o medo , assim como eu tive, de gostar mais do que deveria e esta passar a ser a balada preferida.... De começar a ser taxado de viado e não manter mais aquela imagem de "homem que gosta de homem" mas que vive longe do meio....Na primeira vez que fui em uma balada dessas tudo isso esteve presente em minha cabeça e como consequência, travei.... Porém ficou algo em meu pensamento: "mais uma vez ficarei travado e debaixo do manto do medo" "Até quando ficarei seguindo de imagens criadas erroneamente por outros?palavras dificio né mas um significado perfeito hauaha" .... Então sabia que voltaria....Voltei, em grande estilo. Nada melhor do que ir numa balada acompanhado de pessoas que são seus amigos de verdade, que fazem parte de sua vida, te respeitam que te dão liberdade e proteção.... Sim proteção por estar em companhi deles me sentia protegido mesmo sem eles saberem.... meu amigo veio de São Paulo ,Sexta, tivemos a companhia do maledito Calouro por alguns instantes mas totalmente compreensivel essa falta de tempo, kk. Dou maior força a ti rapaz nesse novo lance....Eu estava "podraço", fiquei o a noite toda trampando e só acabou as 8h da manhã e tinha que ir pegar meu amigo na rodoviaria ,,,, mas nada como um banho quente para resolver isso. Chegamos na The House por volta da 1h20 da madruga e entramos vinte minutos depois, direto para a cacharia, kk,,,, não poderia ser diferente..... Classificando essa balada, daria 9.5, acjo ela demais.... Resumo da noite, 3 bocas beijadas e uma de repeteco.... Voltei para casa umas 8 da manhã de sábado....Sábado a noite, Pride , cansado, mas não muito.... Antes, fomos tomar aquele velho chopp com o Bruno e o meu amigo de SP, conversa descontraidassa e uma sessão de risadas das melhores que ja tive, envolvendo o Segredo e uma mina da mesa ao lado, ele contará no blog dele. Liguei para um amigo super legal que encontrei através do blog, Rick,,,, e ele ja estava na febre para sair de balada. Fomos os Amigos mais o Rick. Dou a mesma nota para a Pride, muito bem arejada, sonzeira muito louca e o ambiente muito bonito, muito mesmo ta que nema Dont kkk . Mas o som era algo especial... A maioria dos caras pareciam aquelas jóias de loja, ficam na vintrine, podem ser vistas mas não tocadas (se acham lindos de mais) milagres isso lá hauahau... Mas isso não tirou o brilho da noite. Resumo, uma boca beijada e uma das melhores baladas que já fui em minha vida. ta nem tanto hauahau Domingo Bar Livre hauahua Essa tinha um significado especial para mimsegredo hauahau o pq .... Desta vez os paulistas (Encanado, Bruno e Rick) não foram, só os bahianos, ja acostumados a virar a noite em carnavais vida afora Olhei aquela ambiente diferente dessa vez, ele parecia o que realmente era, um lugar normal , com pessoas normais querendo se divertir, não o ambiente que citei no começo. Resumo da noite , acho que foram 2 bocas, dessas 1 queriam levar o moreninho para um passeio.... Como não podiam, a mão rolou solta, apesar de eu não ter permitido exessos, kk....Não tive vontade de sair com nenhum, mas isso porque estou sexualmente completo, os caras que sai ultimamente me satisfizeram plenamente e ainda estou com o último (um ex-Hetero, kk)....O que dizer de todos os quais eu beijei, sem falsa modestia alguns era bonitos, até os sarados que se acham os tais passaram por minhas mãos. Todos só conseguiram trazer uma coisa, massagem no meu ego. De resto, nem os nomes deles eu lembro, acho que nem perguntei. Ontem, eu estava cansado, mas pensava que esse tipo de coisa é muito vazio para a minha forma de ser,,,,, para as coisas que eu considero sólidas, ex.: beijar alguém com sentimento, seduzir, conquistar, construi um história,,,, mesmo que seja curta. Não julgo e nem posso fazer isso àqueles que curtam beijar todos e sair com pessoal apenas para um sexo casual, que sejam felizes.... Para mim vale ainda a sedução, a conquisata, a troca de olhares,,,, aquele tipo 'eu quero mais não quero" , a conversa, a discontração até consegui o beijo e na expectativa que o algo mais vai ser prazeroso.Para finalizar, acho que quem não foi,,,, devia ir. Quem nunca beijou um monte de desconhecidos, devia tentar, essas coisas trazem maturidade a nosso viver e ai podermos tirar as conclusões baseadas na realidade do que foi vivido. Lances como esses, nos permite nos conhecermos mais ainda...AMIGOS:E os amigos, eu disse AMIGOS!!!!, essa palavra realça e destaca a importãncia que eles tem em nossas vidas.... apesar de eu ter uns 2 achoi rs verdadeiros e claro.Gostaria de ampliar ainda mais esse leque.... ."Mais importante do que sermos felizes é vivermos, quem vive consequentemente é feliz"...