segunda-feira, 18 de junho de 2007

Capítulo 3 Um estranho dentro de mim

Galera para quem está vendo gora comece a ler pelo post nº 1 ok abraços e boa diverção ...

Capítulo 3

Minha implicância com o Daniel foi se tornando carinho na medida em que ia o conhecendo mais, não sei o que estava acontecendo, só sei que já não tinha mais raiva dele, somente um carinho especial. Acabei adormecendo dentro da hidromassagem, quando acordei o dia já tinha amanhecido, minha pele estava toda enrugada, fui me enxugar, tomar meu café e ir pra academia que já estava na hora. Depois da academia estava saindo pra trabalhar quando na saída encontrei com uma amiga dos tempos de faculdade,
-Bader...
-Juliana?
-Quanto tempo...
-Tudo bem com você?
-Eu to ótima, e você?
-Eu estou bem. E como anda lá no seu trabalho?
-Ai nem me fala, depois que você saiu de lá aquele lugar nunca mais foi o mesmo.
-Serio?
-É... Ah... Sabe quem andou procurando por você?
-Quem?
-Aquele seu amigo que ia te buscar na faculdade...
-Que amigo?
-Aquele loirinho...
-O Bruno?
-De nome eu não sei...
Pela descrição dela deveria ser o Bruno que estava me procurando, o que será que ele queria comigo? Ficamos conversando um pouco até que ela se foi, quando eu ia atravessando a rua escutei um assovio me chamando, era o Daniel:
-Bader... Peraê...
-Fala, Daniel.
-Ta indo pra onde?
-Trabalhar...
-Bom, to indo pra Perdizes...
-Eu vou pra Pinheiros.
-Quer uma carona?
-Pode ser.
Vínhamos andando pelo quarteirão, pois ele havia estacionado o carro em um estacionamento na rua de trás, íamos conversando sobre as novas regras da academia, de repente eu senti alguém me empurrando, bati com tudo no poste, eram 6 caras que já chegaram nos agredindo do nada, eles jogaram o Daniel no meio da rua, a intenção deles era nos imobilizar, mas eu me debatia na tentativa de escapar deles, mas ao mesmo tempo eu queria tirar o Daniel dali, foi quando um deles ia dar uma garrafada na cabeça do Daniel, não sei o que me deu na hora, consegui escapar dos outros dois que me seguravam e dei uma voadora na cara que ia matando o Daniel, nisso um dos caras que estava me segurando veio e me deu um tapa na cara, o tapa foi tão forte que eu cai no meio da rua, o Daniel ficou furioso e partiu pra cima deles.
-Você não vai machucar ele...
-Filho da p...
-Não toca nele... Se vocês querem briga, que briguem comigo, deixem ele em paz. Corre Bader...
-Eu não vou te deixar aqui sozinho... Socorro... Alguém nos ajude pelo amor de Deus...
Comecei a gritar por socorro, eles iriam machucar o Daniel se continuassem e bater nele, me joguei na frente dos carros que passavam na rua, mas nenhum parou para nos ajudar, o Daniel já havia dado aula de jiu-jitsu, foi o que nos ajudou enquanto o carro da policia não chegava. Eu fiquei impressionado com as pessoas que ficaram assistindo tudo sem fazer nada, vendo nós ali pedindo ajuda e ninguém se mexeu para pelo menos chamar a polícia, eu fico indignado com o espírito humanitário de hoje em dia, se fosse eu com certeza ajudaria no que pudesse, mas ficar de braços cruzados vendo esse tipo de cena, é um absurdo, seria o primeiro passo pra acabar com a violência nessa cidade, um ajudar o outro e todos se ajudarem. Fomos para a delegacia registrar a ocorrência, eu fiquei mais indignado ainda com o descaso dos policiais que anotaram o nome do Daniel em uma prancheta e perguntaram se era de nosso interesse registrar uma ocorrência, como se ser agredido por quatro caras em plena luz do dia fosse a coisa mais normal do mundo. Chegamos na delegacia e tivemos que contar toda a história outra vez para o escrivão e para o delegado, não agüentava mais contar a mesma história. Passamos o resto da tarde e o começo da noite registrando BO e fazendo corpo de delito, eu me senti humilhado, um lixo, tamanho foi o descaso das autoridades.
-Muito obrigado, Bader!
-Pelo quê?
-Por ter me salvado, se não fosse você eu teria morrido com a garrafada que iam me dar.
-Eu fiz por você o que todo mundo deveria fazer ao presenciar um tipo de situação dessas, um por todos e todos por um... Você precisa passar no hospital pra ver esses ferimentos...
-Quanto aos ferimentos não se preocupe, muito obrigado, você se preocupou comigo como há tempos ninguém se preocupava... E você, está bem?
-Estou com as costas um pouco dolorida, mas estou bem. Então, vamos passar lá em casa para eu fazer um curativo nesse ferimento?
-Tudo bem...
Depois de fazer o corpo de delito fomos para minha casa, eu não sabia que corpo de delito era só responder algumas perguntas e basta, pensei que ao menos o médico olharia os ferimentos. Chegando em casa eu pedi pra ele aguardar na sala enquanto eu ia buscar a caixa de primeiros socorros no banheiro:
-Tira a camisa...
-Peraí.
-Foram só uns arranhões...
-Ai... Ta ardendo...
-Calma... Um homem desse tamanho com medo de remedinho...
-Fica zoando...
-Hahaha...
Ele era tão charmoso, me encantava cada dia mais com seu jeito de ser, meigo, sensível, nem aparentava com aquele corpo forte, mais parecido com um “Bad Boy”.
-Daniel...
-Fala.
-Por que você disse na delegacia que há muito tempo ninguém se preocupava com você?
-Porque é verdade. Desde que meu pai morreu, eu sinto falta de alguém pra conversar, alguém que me defenda, alguém que me ouça, me dê conselhos...
-Mas e sua mãe?
-Minha mãe está pouco se importando comigo, vive viajando com as amigas, eu passo mais tempo sozinho naquela casa enorme...
Conversando mais com ele, percebi que o Daniel era um cara carente, sensível, além de tudo, sofrido, ele deveria ser muito apegado ao pai, e a perda deve ter o deixado abalado.
No decorrer da semana eu liguei para minha mãe e contei sobre o acidente, ela ficou um pouco preocupada, mas tratei logo de tranqüilizá-la. Minha mãe era minha melhor amiga, quando eu precisava era só ligar pra ela, pelo menos três vezes na semana nos falávamos por telefone, pois era difícil eu ir pra Campinas. Continuei indo à academia normalmente e sempre tomando cuidado para não dar nenhuma pancada no Daniel, chega de mico.
-Bom dia!
-Fala Bader, firmeza cara?
-Tudo legal! Como estão os machucados?
-Nem sinto mais. É amanhã, hein...
-Pois é.
-Chamei uma mina que eu to ficando, você não se incomoda, né?
-Claro que não, chame mais amigos se quiser...
-Melhorou seu braço?
-Já consigo dirigir, mas não posso fazer esforço. Sorte que aqueles caras não tocaram nele.
-Menos mal, meu carro fica pronto semana que vem.
-Que bom! O meu já está pronto.
-Da hora... Ganhei um amigo num acidente de carro.
Estávamos dentro do vestiário masculino, eu havia acabado de chegar e fui guardar minhas coisas, o Daniel parecia já estar de saída, conforme ele falava, ia tirando a roupa, eu ainda não havia reparado muito no seu corpo até aquele momento, somente no peitoral no dia do passeio no parque do Ibirapuera, que foi impossível não reparar. Um corpo todo definido, ele era um magro falso, usava a calça meio caída com a cuequinha à mostra, corpo com pelos serrados, pele morena, cabelo todo espetadinho com gel, topete e um sorriso perfeito, era de deixar qualquer mulher apaixonada, não era a toa que as meninas da academia pagavam um pau pra ele, as vezes eu escutava elas comentando sobre um professor, mas nunca tínhamos nos cruzado antes nas dependências da academia, mas agora eu concordo com elas que ele é tudo e mais um pouco.
No sábado ele passou em casa por volta de 20h, pedi para o porteiro deixá-lo subir, quando ele entrou na sala, pedi para que ele me aguardasse enquanto iria tomar meu banho, ele sentou no sofá e ficou olhando as fotos dos porta-retratos.
-E aê cara...
-Beleza?
-Firmão. Já está pronto?
-Que nada, nem tomei banho ainda.
-Sem problemas, ainda está cedo.
-Da um tempo ai que vou tomar um banho.
-Vai lá.
-Você não ia trazer sua mina?
-A mãe dela tava meio adoentada... E também a parada hoje é só pra homem, nada de mulher pra encher o saco.
-Hahaha.
-Pô... Legal essas fotos, Bader.
-Quais?
-Essas aqui...
-Ah... Essa é minha família, tiramos já faz um tempo...
-É bonito ver uma família unida assim... Eu tenho poucas fotos com meu pai e minha mãe juntos, eles não se davam muito bem...
-Deve ser muito ruim mesmo.
-Quem é esse do seu lado? Seu irmão?
-Onde?
-Vocês estão em uma praia.
-Ah não, esse é meu ex-namorado.
-Namorado?
-É. Por que o espanto?
-Nada não, é estranho ver um cara chamando outro cara de namorado...
-Você é contra um relacionamento homo?
-Não, tenho amigos homos, nada contra.
-Já é hora de jogar essa foto no lixo.
Peguei a foto, tirei do porta retrato e amassei, joguei no lixo, não sei nem por que aquela foto ainda estava em casa, eu me livrei de tudo que lembrava o Bruno, acho que só faltou aquela foto. Entrei no box e liguei o chuveiro, escutei a voz dele perguntando onde tinha água, gritei dizendo que na cozinha tinha. Após meu banho fui vestir uma roupa bacana, passei meu perfume de sempre, fiz meu penteado de sempre, levei quase meia hora em frente ao espelho pra deixar o topete do jeito que eu gostava.
-Pronto.
-Até que enfim...
-Nem demorou tanto assim...
-O que? Quase dormi aqui no seu sofá. Mas não tem problema, como você que vai pagar, vou beber pra caramba...
-Sem exageros.
Chegamos na balada já passava da 00h, eu dificilmente bebia, o Daniel logo quando chegou foi pegar uma caipirinha, a balada estava cheia, muita gente bonita, no começo as músicas estavam chatas, ficamos no bar conversando um pouco.
-Faz tempo que você freqüenta aqui?
-Eu vinha bastante quando namorava, o Bruno adorava esse lugar.
-Quanto tempo vocês namoraram?
-Três anos.
-Uau, bastante tempo...
-Sim, o conheci com 21 anos, mas como disse minha mãe: Algo melhor me espera.
-E você sonha com um conto de fadas?
-Não, só o que eu quero é ter alguém do meu lado todos os dias e para sempre.
-Legal isso... O engraçado é que nos tempos de hoje as meninas estão fugindo de compromisso sério e os homens estão afim...
-Pois é... E por que você terminou com seu relacionamento, então?
-Porque eu queria casar e ela não. Quero ser amado, receber carinho, tenho 26 anos, já transei com todas as garotas que eu quis, beijava as que dava vontade, agora eu cansei, queria ter a certeza de que alguém me ama de verdade, me deseja...
-Eu sei muito bem o que é isso...
-Pode não parecer, mas eu só tenho aparência de “Bad Boy”...
-Mas sua aparência assusta um pouco.
-Não me julgue pelas aparências.
-Desculpa, mas é verdade.
-Está ouvindo essa música?
-Sim... Adoro ela...
-Eu também. Vamos dançar?
-Claro.
Na pista de dança ele se soltou e mostrou que sabia dançar muito, a pista estava cheia, apertada, ele me puxou para o meio da pista e ficamos dançando um de frente para o outro, o Daniel era um cara muito bonito, cativante, dançando e olhando pra ele eu ficava pensando no que ele havia dito, sem que eu esperasse ele me puxou pra bem junto dele, fiquei sem reação, não foi com malícia, apenas uma empolgação, mas me deixou com vontade de beijar aquela boca carnuda, isso eu não posso negar. Eu acho que estava começando a gostar dele, se isto fosse concreto eu estaria perdido, ele gostava de mulher e eu não teria chance alguma.
As músicas estavam cada vez mais legais e a vontade era de ficar na pista e não sair mais, o Daniel continuava bebendo sem parar, comecei a ficar preocupado quando percebi que ele já havia ultrapassado os limites, o puxei pelo braço e avisei para irmos embora.
-Daniel... Já chega, está na hora de ir...
-Agora que está ficando bom?
-É necessário, você já bebeu demais.
-Ah... É por causa da bebida? Deixa que eu pago então, seu pão duro.
-Não é isso, estou preocupado contigo, o que você consumiu eu pago conforme o prometido.
-Ta bom...
-Vamos.
Saímos de lá eram quase 4h, o Daniel não estava em condições de dirigir, mal conseguiu subir as escadas, foi uma briga para convencê-lo a me deixar dirigir.
-Eu te deixo em casa e depois sigo para a minha.
-Você não está em condições de dirigir, Daniel.
-Eu to ótimo, veja...
-Cuidado... Você quase caiu...
Ele estava tão bêbado que foi fazer um “4” e quase caiu.
-Imagine... Eu sei muito bem o que to fazendo.
-Ok. Mas deixa que eu te levo até em casa...
-E como você vai voltar para a sua?
-Eu pego um táxi.
-Nananananão.
-Sim e sim.
Joguei ele dentro do carro, travei a porta, entrei no carro, ele ficou se debatendo e gritando, travei o cinto nele e fomos para casa.
-Entra...
-Eu já disse que irei te levar...
-Põe o cinto e cala essa boca. Onde você mora?
-Não vou dizer, você disse que era pra eu calar minha boca...
-É assim? Então vou te levar para minha casa, quando você estiver sóbrio eu deixo você ir sozinho.
-Socorro... Socorro...
-Pára de gritar, está louco?
-Louco eu estaria se deixasse você me levar, vai que dessa vez você bate o carro em um caminhão...
-Engraçadinho.
-Hahaha.
Fechei o vidro do carro e o trouxe para minha casa praticamente carregado por mim, porque sozinho ele não conseguia nem dar 2 passos. Precisei da ajuda dos seguranças do condomínio para carregá-lo até o elevador, com um pouco de dificuldade eu abri a porta da sala com ele apoiado em meus ombros, não falava coisa com coisa.
-Você precisa dormir um pouco...
-Dormir? Nada de dormir... Ta cedo...
-Daniel, você não está bem...
-Eu to ótimo... Vamos conversar um pouco...
-Vou fazer um café pra você beber.
-Enquanto você faz um café, vou jogar vídeo game...
-Nem pensar, você precisa de um banho frio...
Arrastei ele até o banheiro, foi difícil convencê-lo a entrar no box, ele se debatia o tempo todo, com muita paciência e força consegui colocá-lo em baixo do chuveiro.
-Venha...
-Eu não quero...
-Tira a roupa...
-Eu não vou tirar nada.
Abri o chuveiro e o empurrei para baixo da água fria com roupa e tudo, essa bebedeira tinha que passar de qualquer jeito.
-Ai... Está gelada... Ta molhando minha roupa...
-Você não quis tirar, eu avisei antes... Pára de se debater, você está me molhando...
-Deixa de viadagem e entra aqui, não vou me molhar sozinho.
Ele me puxou para dentro do box e travou a porta.
-Não...
-Hahaha.
Comecei a me debater, minha raiva ia aumentando na medida em que eu não conseguia sair, já estava me irritando aquela sua bebedeira, sóbrio ele era uma outra pessoa, mas bêbado ele era impertinente, comecei a tirar sua roupa, passei xampu em seu cabelo, com muito sacrifício consegui tirar toda sua roupa, o deixando totalmente nu.
-Me solta...
-Você não pode ficar com essa roupa molhada.
-Eu não quero tirar...
-Deixa de viadagem você agora... O que você tem ai eu também tenho.
-Sua roupa também está molhada.
-Ok, depois vou tirá-la.
-Depois nada, vai tirar agora também.
Tirei minha roupa e ficamos nus, terminei de dar banho nele e fui buscar uma toalha no quarto, pois a que estava no banheiro acabei molhando. Fui pegar uma toalha seca dentro do guarda-roupa, quando ia voltar para o banheiro me deparei com o Daniel dentro do meu quarto, todo molhado, como era a suíte de casa o banheiro praticamente ficava dentro do quarto.
-Mas o que você faz aqui? Eu disse para me esperar no banheiro...
-Até parece...
-Você está molhando todo o meu tapete.
-Judiação... Amanhã eu mando importar um tapete novo do Oriente pra você.
-Chega de bobagens e se enxugue...
-Não me amole...
-Se você não se secar, eu te seco.
O Daniel era muito teimoso, tive que secá-lo à força, mas ele não parava quieto, me dava até raiva. Nós éramos da mesma altura, então quando eu falava com ele era próximo ao seu ouvido, o que começou a despertar nele algo diferente.
-Pare quieto...
-Nossa... Não fale assim porque eu não resisto...
-Então se enxugue sozinho.
-Não vou me enxugar nada...
Ele pulou na minha cama todo molhado, quando eu o vi fazendo aquilo me subiu um ódio tão grande, paciência tem limite e a minha já tinha se esgotado.
-Caralho, você está molhando toda minha cama... Sai daí agora
-Hahaha...
Eu peguei pelo braço dele e comecei a puxá-lo pra fora da cama, eu já estava a ponto de quebrar sua cara, não é possível que uma pessoa quando bebe fique tão insuportável assim, maldita foi a hora que concordei em pagar uma balada pra ele, se eu tivesse passado um cheque pra cobrir os gastos do conserto do carro teria menos prejuízo. Puxei ele por duas vezes e ele insistia em não sair da cama, quando na terceira vez ele me puxou pra cama junto com ele, eu comecei a me debater, então ele subiu em cima de mim, segurou meus braços e olhou dentro dos meus olhos, fiquei imóvel, não tive reação nenhuma.
-Sai da minha cama...
-Deita aqui...
-Não...
-Nossa... Você tem uma boca tentadora...
-Será que você só sabe zoar?
-Eu to falando sério.
Ele segurou meu rosto e começou a me beijar, eu não sabia o que fazer, fui pego de surpresa, aquele seu corpo nu sobre o meu também nu me possuindo como se fosse uma terra desapropriada, sua mão explorava meu corpo com pegadas fortes, naquele instante eu fiquei sem fôlego. Ele beijava muito bem, tinha muito fogo, mas estava bêbado, não sabia o que estava fazendo, foi quando interrompi:
-Pare com isso...
-Parar por quê?

Um comentário:

vanessinha_lol disse...

sempre que for possível eu vou postar =D adorei isso daki, pudi mi abrir pras pessoas sem medo!
te adoro moço ;D

;*